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O Galiza Livre comparecia pola primeira na cena mediática da nossa Terra há três lustros. ‘Informaçom livre e sem mordaças’ era o nosso lema naqueles inícios de século. Acompanhávamos a emergência dumha nova fase da luita galega, e faziamo-lo às portas dum tempo que também se adivinhava inédito. Começávamos a medir todas as potencialidades das tecnologias da comunicaçom na tarefa dos movimentos populares, sem também nom esquecermos os seus riscos, e pugemo-nos maos à obra. Com tanta modéstia de meios como entrega de tempo e energia, tencionamos acompassar a marcha do movimento arredista nas ruas, nos montes, na rede, nas prisons, nas factorias, nas aldeias, nos gabinetes e nas aulas da nossa naçom. Figemo-nos eco das suas demandas e reivindicaçons silenciadas; apontamos com dados e rigor contra o conglomerado ocupante que fai pingues benefícios da colonizaçom da Galiza; expugemos razons pola superaçom deste sistema capitalista que já beira o colapso e o sem sentido; abrimos o nosso espaço a várias correntes de pensamento crítico, com o intuito de achegar umha bússola neste árduo caminhar pola emancipaçom.

Os tempos e os factos confirmárom parte das nossas posiçons e ratificárom a importáncia dum espaço contra-informativo galego que dera voz à causa silenciada. O ideal independentista, noutrora bandeira solitária de pequenos grupos resistentes, aumentou o seu espaço social na Galiza; num ámbito mais amplo, demonstrou a capacidade de abalar a estabilidade do próprio Estado, como hoje pom de manifesto o impulso catalám; a desconfiança com o sistema capitalista e as suas elites políticas empapou sectores da classe trabalhadora que nem imaginaríamos há umha década.

E porém, também o perigo medrou: sabemos perfeitamente que as razons nom abondam, e que por si sós comparecem impotentes. Enquanto o poder espanhol e todo o seu oligopólio mediático se atrincheiram na sua sem razom histórica, engraxando a engrenagem e arrastando capas da populaçom para comportamentos medonhentos, regressivos, umha parte importante do nosso povo continua enfraquecido pola desorganizaçom e a dessídia.

Em 2014 decidimos umha parada estratégica para reflectirmos e acumularmos forças. Logo de recompormos a nossa equipa técnica e humana com velhos e novos recursos, desde outono de 2017 estamos outra vez na rede para pôr um sério contraponto à dispersom de forças e à atonia. Somos fieis às palavras de Castelao: ‘temos fé no nosso povo, e mui logo o nosso povo terá fé em nós’. Por isso refugamos o estado de permanente laio e queixume, esse estado anímico insidioso que se infiltrou no galeguismo como pretexto para a desmobilizaçom e a indecência.

Os tempos som tam prometedores como difíceis, também no ámbito da contra-informaçom. Nom podemos oferecer mais que entrega e trabalho rigoroso, feito desde a gratuidade e a mao-comum, para deitar luz informativa sobre aquilo que o poder ensombrece com o silêncio e a mentira; também o nosso espaço para toda aquela Galiza que se constrói por baixo, ao alento dos movimentos populares e a vontade permanente de melhora.

O nosso precursor José Velo Mosqueira deixou-no escrito num formoso mandamento: ‘quando nom há vento, a vogar’. Arredista e antifascista, reintegracionista e guerrilheiro, poeta, afrontou com imaginaçom e afouteza alguns dos momentos mais ensarilhados da nossa história contemporánea. Nós voltamos a vogar, e queremos fazê-lo com todas e todos vós, que na rede e na rua achegades o vosso esforço à grande obra da Galiza.

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