Conversas de bar (IV)
Antelo caminha baixo a chuva como um dia mais de Outono. Nom é umha estaçom da que goste especialmente. Sendo criança ele, lembra a cozinha da casa chea de fume por causa do vento de fora, e da avoa mal-humorada. Com a chegada do inverno,…
Conversas de bar (III)
Antelo passeia pola beira do mar, olhando os restos do fume dos incêndios no fundo do horizonte. Bem sabe ele a sua ligaçom estreita com o negócio da celulosa, e também com o da turistificaçom. A lua andava vermelha esses dias, mas nom do lume….
Conversas de bar (II)
Antelo pegou na habitual garrafa que utilizava e foi caminhando aos poucos cara a fonte de augas termais que se atopava na vila do lado. Sabia que era um bom método para as manchas que tinha na pele, melhor que muitas pílulas que tinha tomado…
Pequenas luitas e grandes artistas
Fora, um grupo de pessoas apoia a greve das suas trabalhadoras. Fam-no desde a mais absoluta generosidade cara a elas. Algumhas som alunas, outras amigues, outras professoras também. A atitude dum dos donos é fotografar de forma descarada às pessoas ali asistentes, e chamar à…
Conversas de bar (I)
Conversas de bar. Conversas casuais às sete da tarde. Umha birra que cai ao chao, um cigarro que se acende de má maneira. -Onde botache todos estes anos? Ele foi peom de obra, camelho, busca-vidas atracador. Ele foi de todo o que se pode ser…
Anticonsumismo
Algumhas palavras, velhas e pouco sofisticadas, ainda som como foguinhos. Abrem refúgios na noite e, en vez de iluminar-nos –como fai a luz soberba e cegadora de Deus, a Ilustraçom e outras palavras com maiúsculas- alumam-nos. O justo para encontrar-nos e reconhecer-nos, o mínimo indispensável…
Turismo carcerário desde fora
Diz-me umha amiga: com que ficas da visita a Teixeiro? O caminho a umha prisom galega pode ser formoso. Terras de Sobrado, com singulares mosteiros que embelecem o caminho ao passo também do rio Tambre. Um silêncio verde que agrada entre casas e árvores centenários,…