José María Santos Quintela nasce o 1 de Outubro de 1899 na Casa da Coriscada em Burres, Arçua. Segundo de quatro irmaos, que co tempo som conhecidos popularmente polos Curiscadas, é filho de Francisca Quintela natural de Burres e Jam Santos (Tío Jam) natural de Dombodám, ambos caseiros da Casa da Coriscada que daquelas ainda pertencia a umha ordem religiosa. A rendibilidade das meias desta casa eram tam copiosas que o Tio Jam tinha também um lugar em Rendal. Este motivo ou que as foristas foram religiosas deveu ser a razom pola que José Maria fosse ordenado sacerdote presbítero a finais de dezembro de 1923 em Tui.Em 1924, é apadrinhado polos mestres de Burres no seu primeiro ofício na sua freguesia natal.

Santos Quintela ingressa na USG (Uniom Socialista Galega) em Dezembro de 1933, um ano depois de constituir-se o partido do que era fundador e secretario geral, ademais de canteiro, mestre, jornalista, advogado e livreiro, Joám Jesus Gonçales.

Mitim pro-estatuto da Galiza

O domingo 5 de Fevereiro de 1933 celebra-se um mitim pro-estatuto da Galiza organizado polo sacerdote de Arçua José Maria Santos baixo a bandeira da USG. A crónica de La voz de Galicia di: “A Praça da Vila -hoje Praça da Galiza- estava ateigada de campesinhas e campesinhos chegados de todas as freguesias do partido judicial de Arçua desde as 10 da manhá.

O ato deu começo às 12 da manhá diante dumhas 3000 pessoas. Desde o palco da música começou o mitim o secretário de organizaçom da USG. Anjo Valcárcel explicou perante um público entregado as vantagenss que traeria para o campesinhado o projetado Estatuto da Galiza.”

Seguiria no uso da palavra o daquela advogado e futuro pintor de renome internacional Luís Seoane quem expujo a aptitude da USG frente aos partidos estatais, apontando que era una posiçom perfeitamente marxista a adoptada pola USG ao levar no seu programa socialista a liberaçom da Galiza e a reclamaçom dum regime autónomo. Propugnou a carta autónoma como único meio de salvaçom da Galiza.

“O secretario geral da USG, Joám Jesus Gonçales explicou como se perdérom desde havia 400 anos as liberdades da Galiza, as calamidades que seguírom à queda do marechal Pardo de Cela, a servidume tributária da Galiza, a miséria em que vive o campesinhado para deduzir que apenas coa autonomia podia atingir Galiza as suas liberdades perdidas e organizar a sua vida de maneira racional.

Rematou o ato o sacerdote de Arçua, José María Santos Quintela recomendando a uniom dos labregos, comunidade de ideais e sentimentos para lograr umha Galiza próspera. Agradeceu-lhe à concorrencia a espontaneidade coa que acudiu ao ato de tam pura e acentuada galeguidade e patriotismo.”

Bandeira da Uniom Socialista Galega, a primeira organizaçom independentista e socialista da nossa história.

Santos Quintela nesse mesmo ano acudiria a celebrar mitins da USG na freguesia compostelá de Sam Miguel dos Agros e a Ames.

Desterro, juízo e morte

No verao do 1936, Santos Quintela encontra-se de pároco em Muros. O 19 de agosto, após o golpe de Estado franquista, é apartado da diocese de Muros e desterrado a Monforte de Lemos “por sus ideas izquierdosas y por propalar noticias contrarias al Movimiento, así como por sus censuras al ejército. Su conducta es mala pues parece ser que sostenía relaciones íntimas con una señorita de Muros a cuenta de la cual vivía, comía y bebía, pues es muy aficionado a la bebida.” Assim o justifica difamando-o o informe policial da causa 853/1938 que fica no Arquivo Intermedio Militar de Ferrol.

Em Junho de 1938 levanta-se-lhe o desterro. Em Julho marcha para Compostela justo depois das festas do Apóstolo. Hospeda-se no Bar Pasaje e logo na pensom de Salvador Fraga na rua da Senra, em companhia de Rita López Gallego, umha senhora viúva conhecida sua de Muros. Meses depois hospeda-se na rua Estreita de Santo André 17 – 2º da Corunha, umha pensom que regia José Torreiro Sanches, também natural de Burres, Arçua. Torreiro era três anos maior que Santos Quintela polo que eram conhecidos da infância, razom pola que Santos Quintela foi residir à sua fonda. Segundo sentença da justiça militar recolhida na causa 853/1938, Torreiro fora delegado sindical da CNT em hotéis da Corunha e de ideias marxistas.

No ano 1937 Rita Lopes conhece no campo de concentraçom de Muros a possibilidade da compra de bilhetes da zona republicana. Por esta atividade som acusados e presos Rita Lopes, José Torreiro, José Maria Santos e três pessoas mais.

Em Novembro de 1938, Santos Quintela é julgado por auxílio à rebelióm por comissom do delito de tráfico de moeda republicana na Corunha co resultado de “sobreseimiento” e multa de 10.000 pesetas em sentença do 26 de Dezembro de 1938. Mas morre dias antes da sentença, o 15 de Dezembro de 1938, por nefrite aguda na fonda onde vivia. Tinha 39 anos.