Se repassamos a história do movimento estudantil galego, e em concreto dumha das zonas mais massificadas de estudantes como é o caso concreto de Compostela, observamos como ao longo destas décadas um dos eixos sobre os que versavam as reivindicaçons do estudantado organizado era algo tam básico como uns espaços de estudos dignos.
Algo que semelha tam fundamental como dispor de espaços de estudo dignos para poder desenvolver a nossa atividade letiva, pois nom estivo garantida todos estes anos, poderíamos atribuir diferentes motivos como a falta de soberania para poder desenvolver umha educaçom pública galega e de qualidade ou o interesse por parte dos agentes económicos e do capital espanhol por dinamitar a educaçom pública e normalizar a presença dumha nova universidade privada na Galiza, como está acontecendo, establecendo assim grandes diferenças nas condiçons materiais do estudantado dependendo da sua renda familiar.
Em épocas de exames, como já dixemos anteriormente, o estudantado vê-se na obriga de fazer colas qáilométricas nos espaços habilitados pola ausência dos mesmos nos diferentes campus ao longo do país.
Isto leva à autorganizaçom do estudantado e a mobilizaçons para fazer valer os seus direitos diante da inoperância dos agentes encarregados de levar a cabo remendos. Como afeta ao estudantado esta ausência destes espaços de estudo? Cumpre termos em conta umha série de questons:
Vivemos num contexto onde as estudantes recorren a espaços comúns como bibliotecas ou faculdades como soluçom diante da precarización das suas condiçons materiais. Condiçons que lhes empecem levar a cabo o seu labor de estudo dumha forma digna e óptima. Assim, submetidas a um sistema de exploraçom capitalista que fomenta a competiçom entre nós, ocasionando-nos umha carga psicológica para aceder a, entre outras cousas, unhas bolsas insuficientes, que non chegam a cobrir as nossas necessidades. Polo tanto, exigimos à USC que habilite espaços de estudo que permitam desenvolver as nossas capacidades de estudo.
Situamo-nos numha época onde se juntam os exames de ensino meio e os exames universitários, que exigem umha demanda de bibliotecas e salas de estudo que nem muito menos se vêm resoltas, e tanto a Xunta de Galicia como a USC som cúmplices da nossa situaçom.
Devemos pôr em destaque que isto non é máis que unha denuncia concreta da situaçom dos espaços habilitados para as estudantes, mas devemos apontar que a falta de infraestruturas e o mantimento deficiente das mesmas é umha prática generalizada em todas as universidades do país, que afeta diretamente à qualidade da nossa formaçom.
Somos conscientes de que a nossa situaçom de precariedade nom rematará até a superaçom do sistema capitalista, que nos converte numha mera mercadoria e que nos relega à precariedade, mas vemos imprescindível que enquanto isto nom acontecer cumpre habilitar espaços de estudo dignos durante a época de exames e que fiquem abertas as faculdades e bibliotecas da USC, mesmo os fins de semana. A educaçom pública pagamo-la entre todas, estudar dignamente é un direito, nom um privilégio!
No caso concreto de Compostela isto afeta a todos os Campus, já que no Campus Norte nom há habilitada umha biblioteca 24 h , que é umha demanda histórica do movimento estudantil galego, e simplesmente fica a biblioteca Concepción Arenal. Isto produz umha massificaçom do estudantado que, vivendo em condiçons precárias nos seus pisos de aluguer, vê-se obrigada a percorrer a espaços comúns pola precarizaçom que sofremos día a día.
Devido a este motivo, o estudantado da USC começa a mobilizar-se por esta situaçom e o día 16 de Dezembro a Assembleia de estudantes de Geografía e História protagonizou umha mobilizaçom entorno a esta mesma problemática, ficando umha hora mais do permitido na biblioteca co objetivo de reivindicar mais horas de biblioteca no Campus Norte.
Nom é o a única acçom adoptada polo movimento estudantil de Compostela. A passada semana, Juntas por Políticas anunciava horários extraordinários habilitados para todo o estudantado da USC em épocas de exames. Além de publicar em redes sociais um inquérito para todo o Estudantado da USC , que se pode consultar nas suas redes sociais, com a possibilidade de ampliar o horário também de forma nocturna ate as 3:00 da madrugada em horário de exames.
O que fica claro é que devido a situaçom de desleixo por parte da Xunta de Galiza e a USC , a organizaçom do estudantado galego é a única ferramenta de estudante que possuímos para poder combater a situaçom de precariedade de cada umha de nós na nossa atividade letiva.
Isto é umha análise concreta dumha problemática concreta estrutural de todas as estudantes da USC, mas cabe recalcar que a precarizaçom desta universidade está chegando a uns níveis inassumíveis para o estudantado que deverá responder de forma coletiva ao derrubamento da universidade pública galega. Contra a precarizaçom do nosso ensino e condiçons materiais , imprescindíveis para a nossa formaçom. Organizaçom e luita coletiva como resposta!