Imagem da capa: Homenagem aos Mortos (homenagem floral a Curros Enríquez), março ca.1927-8, Fotografia do arquivo familiar de Elvira Varela.

Por / Uxía Bolanho e Santiago Quiroga

“O ben de Galicia recrámao. Que os pobos que non teñen un alma desperta, viva, latexante, desaparecerán decontado da terra. E a yalma dos pobos é a sua fala [sic.]”

Sergude, Pol-as escolas galegas. A Nosa Terra, 5, 25/12/1916)

Se nos referirmos dum modo genérico ao contexto predominantemente rural do início do S. XX na Galiza -habitada nesse momento por mais de dous milhons de pessoas-, torna-se necessário aludir ao início duma gradual modernizaçom que convive com a sobrevivência de sombras do Antigo Regime, tais como: a presença social da nobreza rentista, como memória presente da sociedade estamental; o sistema foral de posse da terra, que é agora um elemento expulsor da populaçom para o caminho americano emigrante; ou as pegadas da desamortizaçom (Obelleiro e Alonso, 1991), entre outros aspetos que caracterizam uma sociedade tradicional em que se vislumbram numerosas mudanças.

Som múltiplos e diversos os fatores que incidem nessas mudanças: o crescimento da produçom agro-pecuária, a modernizaçom da indústria conserveira e de construçom naval; a organizaçom duma parte do campesinato num alargado movimento agrário; ou a intensificaçom da vida nas urbes, acompanhada da consolidaçom de certos núcleos da burguesia industrial e financeira, “que exerce algum protagonismo por via quase sempre do caciquismo político, e através da sua conexom com a grande burguesia madrilena. Em geral, podem mais as práticas conservadoras, dentro da modernizaçom, o que explica a limitada ressonância das mensagens progressistas, republicanas ou regional-nacionalistas” (Costa Rico e Bolaño Amigo, 2014, p. 299). Todo elo acompanhado dum dos traços mais definitórios da realidade sociopolítica e demográfica galega desde meados do S. XIX, o intenso e contínuo saldo migratório que, particularmente e até a década de 50, se orienta a América (Obelleiro e Alonso, 1991) como consequência dum desenvolvimento económico exógeno (Beiras, 1984, 1995) devido, igualmente, à dependência económica e política que posiciona Galiza como periferia exportadora de recursos naturais e força de trabalho, no quadro dum sistema-mundo capitalista (Wallerstein, 2006).

Emigraçom. Manuel Ferrol Fernández.

Neste amplo cenário, as instituiçons e serviços escolares eram escassos, deficientes, e desenhados a partir duma mentalidade centralista e uniformizadora que desconsiderava, particularmente, a situaçom cultural e linguística galega; assim o tem manifestado, em diversos trabalhos, Costa Rico:

Sem dúvida, era evidente que as instituiçons escolares estavam separadas, e quase confrontadas, com o humus cultural e com a língua das crianças galegas, subtraindo-lhe por isso grande parte da sua possível eficácia. Podiam chegar mesmo a entorpecer a construçom positiva e expansiva da personalidade das crianças e alunos que as instituiçons procuravam educar e formar: assim, a criança nom é dona de nenhuma língua tem escrito Castelao com palavras precisas no Sempre em Galiza

(Costa Rico, 2004, p. 1028, adap. ort.)

Destarte, durante o primeiro terço do S. XX o funcionamento e dinâmica escolar da Galiza caracterizou-se por desenvolver-se, nomeadamente, sob as direçons “impostas polas normativas oficiais e, naqueles âmbitos privados que se poderiam caracterizar por uma maior autonomia, ganhou mais força também a conduta político-linguística do poder, vendo-se habitualmente envoltos num emaranhado de preconceitos ideológicos que laminavam a possibilidade de se encontrar e autentificar como povo dono duma rica cultura” (Costa Rico, 1989, p. 347, adap. ort.). Efetivamente, um dos grandes objetivos da escola foi “a difusom maciça de preconceitos diglóssicos (…), implícita ou explicitamente” (Ínsua, 2016b, p. 28; adap. Ort.), como denunciou o rianxeiro Castelao, também no Sempre em Galiza:

“prohibíchedes o galego nas escolas para producir no esprito [sic.] dos nosos rapaces un complexo de inferioridade, facéndolles crer que falar galego era falar mal e falar castelán era falar ben”

(Castelao, 1944, p. 258)

Contudo, existirom valiosas e exemplares experiências que caminharom em direçom à valorizaçom da galeguidade, embora o panorama educativo escolar galego, ainda durante a Segunda República, fosse pouco encorajador:

“A reivindicaçom da galeguizaçom escolar colheitava os seus primeiros frutos realmente no fim da República. Até essa altura a história da reivindicaçom é a história duma frustraçom, ainda e apesar disso, à corrente de opiniom galeguista devemos, talvez, as formulaçons mais críticas e analíticas sobre o estado do ensino na Galiza e sobre a necessidade de desenhar um novo quadro escolar. Propugeram-se do galeguismo algumas das linhas do que deveria ser a nova escola galega, ainda que lhe faltou um corpo social organizado e consciente, capaz de possibilitar as reformas previstas. Faltou inclusive tempo, uma vez que o corpo social em 1936 dava mostras de aceitaçom das novas propostas escolares e pedagógicas” (Costa Rico, 1989, p. 339; adap. ort.).

Assim, a medida que avança o S. XX aumentam as vozes de denúncia a respeito da situaçom das escolas na Galiza que apoiavam e geravam um movimento de galeguizaçom educativa (Costa Rico, 2004); porém é fundamentalmente a partir de 1916, momento em que se inicia o moderno nacionalismo galego com a fundaçom das Irmandades da Fala, quando as reivindicaçons por parte do galeguismo começavam a ver-se quantitativa e qualitativamente incrementadas, de modo que “esta linha de normalizaçom vai ultrapassar claramente as anteriores reivindicaçons que demandam a introduçom do galego como cadeira de estudo. Agora vai-se reivindicar, principalmente a partir de 1932, o uso do galego como via de comunicaçom no processo de ensino- aprendizagem” (Rivas Barrós, 1997, p. 178; adap. ort.).

Reflexo destas reivindicaçons perante a marginalizaçom da língua e cultura galegas nas escolas, assim como em relaçom às péssimas consequências pedagógicas e sociológicas derivadas de tais práticas, podemos encontrá-lo através das páginas de A Nosa Terra, onde destacamos os textos: Pol-as Escolas Galegas (25/12/1926), de L. de Sergude (Leandro Carré Alvarellos); A Fala no enseño (05/01/1917), de Victoriano Taibo; A nosa escola (30/08/1917) e O galego na escola (30/12/1917), de Johán Vicente Viqueira; Ó castelán pol-o gallego (30/09/1918), de Santos Vila; O probrema da cultura (02/05/1919), de Aurelio Ribalta; entre outros. Deste modo exprimia-o o mestre Enrique Castiñeiras Díaz:

A imposición da escola primária castellana, é un atentado continuo ó dereito dos nosos fillos; pónos en situación d`humillante inferioridade, e fai, pouco menos que imposibre, a percisa compenetración antre a escola y-a familia [sic]” (Falan autoridades na materia. Cousa que non temos d’esquencere, A Nosa Terra, 8, 25/01/1917).

Enrique Castiñeiras Díaz

Podemos encontrar reflexons semelhantes no boletim Nós, que edita em duas parcelas (nº 6, de 20/08/1921 e nº 7, de 25/10/1921) o Plan pedagóxico pr’a galeguización d’as escolas elaborado por Risco. Destaca Ínsua (2016) que, nesse Plano, o tratamento que deveria receber o idioma se sintetiza da seguinte maneira:

O ideal sería qu’o enseño se dera en lingua galega. A apelación á nósa fala é indispensable, pol-o menos n-as escolas rurae, si é qu’o escolante s’ha faguer comprender verdadeiramente dos rapaces. O menos que se pode pedir é qu’o galego non sexa sistemáticamentes estrañado e botado fora das escolas

(Risco, Plan pedagóxico pr’a galeguización d’as escolas; cit. em Ínsua, 2016b, p. 28)

Este espírito crítico e renovador da escola galega materializaria-se entre outras, numa iniciativa modesta, mas de grande relevância, ao abrir caminho -além da tradicional retórica de denúncia- a uma proposta prática de construçom dum modelo educativo próprio por parte das Irmandades da Fala. Com este fim reunem-se, no 8 de julho de 1923 no rés-do-cham do nº17 da central Praça Maria Pita da Corunha, as Irmandades da Fala, dada a necessidade de abordar a proposta de Ângelo Casal de “fundar e sustentar escolas que redimissem o povo galego da ignorância na qual estava mergulhado, ao tempo que servissem para inculcar nas geraçons futuras a verdadeira consciência galega” (Rivas Barrós, 2001, p. 201; adap. ort.). Assim era expressado polo próprio Casal:

Galicia precisa qu-os seus fillos lean i-escriban n-a sua Fala para que-a sintan; qu-estuden n-a sua Xeografía para qu-a coñezan, e coñecendoa quéiran-a; que lles digan das grorias d-os seus homes para honra-los; que beban nas fontes da sua Tradición, da sua Cultura e da sua Arte para que-as continúen sin influenzas alleas e que seipan pol-a sua Historia dos aldraxes e das persecuciós de que foi vítima

(Casal, Para os fillos de Galicia, A Nosa Terra, 15/8/1923; cit. em Rivas Barrós, 2001, p. 201).
Ângelo Casal. Rogelio Puente. 1995.

A proposta do Casal foi apoiada por todos os assistentes à assembleia, e esse mesmo dia fôrom redigidas as Bases para sustentar as futuras Escolas de Insiño Galego; nelas contempla-se, “por puro imperativo legal” (Ínsua, 2016b, p. 28), que o ensino vai ser realizado em idioma espanhol (Base 1ª), mas utilizando o galego para “a letura da nosa literatura peculiar e demais libros didáiticos que se poidan outer, e para algunhas espricaciós de leiciós práiticas, a fin de qu-os nenos poidan comprender mellor as ensinanzas d-os mestres” (Base 1ª, Bases das Escolas do Insiño Galego anexas a Irmandade da Fala na Cruña, A Nosa Terra, 15/08/192; cit. em Rivas Barrós, 2001, p. 202).

A esse respeito destaca Rivas Barrós (2001, p. 203; adap. ort.) que “segundo diversos testemunhos, entre os que destacamos o de Jenaro Marinhas do Vale, Manuel Casal (…), as aulas decorriam única e exclusivamente em galego”, embora especifique igualmente a autora que “sem restar veracidade às anteriores testemunhas, levando em conta que a maior parte do alunado desta Escola entraria posteriormente no Instituto ou na Escola de Comércio (onde nom permitiam o ensino em galego) e que os livros de texto estavam escritos em castelhano, tornaria-se extremamente difícil um processo de ensino-aprendizagem utilizando exclusivamente o galego como código de comunicaçom. Assim, provavelmente fôrom utilizados o galego e o castelhano intercambiavelmente, dependendo dos conteúdos que se trabalhassem em cada momento” (Rivas Barrós, 2001, p. 203; adap ort.).

O órgão de governo das Escolas estava constituído por um Conselho formado polo Conselheiro 1º da Irmandade da Fala corunhesa, o presidente da Secçom de Cultura e Fala da Irmandade, o tesoureiro e dous mestres “de ambos os dous sexos e reconhecido galeguismo”, todos com direito a voz e voto (Ínsua, 2016). Como mestra e mestre fôrom nomeados, respetivamente Elvira Bao, para a Escola de nenas, e Ângelo Casal, para a Escola de nenos.

Lamentavelmente, a escola de nenas nom puido abrir ao nom ter matrícula suficiente, segundo Rivas Barros devido às “distintas consideraçons culturais, sociais, religiosas e económicas próprias duma sociedade sexualmente discriminatória” (2001, p. 205). Assim, devemos levar em conta que, segundo a autora, na década de vinte a percentagem de analfabetismo feminino na Galiza era altíssimo: 60,3%, frente a 37,1% de analfabetismo masculino.

No seguinte vídeo Beatriz Bieites, membro da Comissom de Defesa da Língua da Gentalha do Pichel e fundadora das Escolas de Ensino Galego Semente, entrevista Elvira Varela: filha de Elvira Bao, directora das Colónias escolares de Santa María de Oça, membro da directiva das IF da Corunha, do Partido Galeguista e da Agrupaçom Republicana Feminina (Marco, 2020).

As Escolas financiárom-se graças à constituiçom da Sociedade Protetora das Escolas do Insiño Galego, achegando cada sócio uma quota mínima de duas pesetas mensais. A sociedade, segundo Casal, devia ser:

O vértice onde converxan todol-os galegos que desexan sinceiramente o benestar da Patria. O mesmo os que loitan á peito descuberto nas diferentes instituciós que representan á nova Galicia; que aqueloutros que, a pesar de sentir o fogo sagrado do amor á Terra, inda veña actuando dentro dos antiguos moldes atados á eles pol-a forza d`os intereses creados e pol-a falla de decisión.

Ângelo Casal, “Pol-o ben de Galicia”, A Nosa Terra, I-IX-1923.

A sustentaçom das escolas era possível, do mesmo modo, graças às doaçons de entidades galegas (também da emigraçom). O local, gratuitamente cedido polas Irmandade da Fala, situava-se na Praça Maria Pita da Corunha, nº 17 e, depois do primeiro ano de funcionamento, na rua Real nº36, 1º andar, onde também se localizava a casa de Maria Miramontes e Ângelo Casal; a editora Lar, com Leandro Carré; a Editora Nós e a administraçom de A Nosa Terra, assim como a sede da Irmandade da Corunha.

Sede das Irmandades da Fala da Corunha. Rua Real nº36, 1º andar, Corunha.

Inicialmente contemplava-se no seu espaço, dotado com mesas de dous lugares com um tinteiro no meio e fabricados gratuitamente por carpinteiros irmandinhos, a escolarizaçom dum máximo de 50 nenos e nenas -por docente- de entre 4 a 7 anos de idade, para enfrentar mais tarde a implementaçom duma escola “elemental”, hoje denominada de ensino primário (Base 6º, Bases das Escolas do Insiño Galego anexas a Irmandade da Fala na Cruña, A Nosa Terra, 15/08/192; cit. em Rivas Barrós, 2001).

As aulas nas Escolas de Ensino começárom em maio de 1924, com vinte alunos matriculados e, em 1926 a cifra de alunos ascendia a sessenta. Assinalava Sabela Rivas Barrós que pola escola passaram aproximadamente cem discentes, variando entre os quinze e os vinte por ano e, “ainda que nas Bases das Escolas se indicava que a primeira [escola] teria que ser de crianças, entre os 4 e 7 anos, na verdade assistiam crianças entre cinco e dez anos, filhos, na sua maior parte, de sócios da Irmandade, no entanto, devido ao seu carácter gratuito, tinham aceso a ela crianças dum nível económico baixo, como era o caso dos filhos dos empregados de comércio, que eram mais numerosos” (Rivas Barrós, 2001, p. 207; adap. ort.).

O alunado de Casal salienta, segundo Rivas Barros (2001, p.206), o seu bom quefazer pedagógico e o carácter comunicativo, compreensivo e agarimoso que mostrava com eles. Assim, apesar de nom ser mestre titulado, Casal estaria fortemente influenciado polas ideias institucionistas e escolanovistas de Joam Vicente Viqueira, quem propiciaria o interesse polas questons educativas em muitos galeguistas.

Os discentes da escola de Casal com Manolinha Somoça, na porta da igreja de Santo André (em Sixirei, Carlos: Alfredo Somoza. Encadramento histórico dunha figura esquecida do galeguismo, Ediciós do Castro, 1987)

Em relaçom ao processo de ensino e aprendizagem, a jornada dividia-se em manhá e tarde. Estudava-se ortografia, aritmética, história da Galiza, literatura e música popular. Polo contrário, nom se estudava religiom ao ser uma escola laica (Rivas Barros, 2001),

Na mesma linha, destaca Ínsua (2016, p. 29, adap. ort.) em relaçom ao processo educativo:

“foi completamente laico, contemplou saídas a algumas localidades e enclaves dos arredores geográficos herculinos (Oça, Pontedeume, Betanços, etc.) e incluiu a interpretaçom frequente de cançons populares e do hino galego”

Ínsua (2016, p. 29, adap. ort.)

Nestas excursons, as crianças iam acompanhadas por membros da associaçom corunhesa Amantes del Campo, entre eles: a família de Alfredo Somoça, a de Leiras Pulpeiro e a de Zamora. A escola era, ademais, visitada por bultos da política e da cultura galega como Antom Vilar Ponte, Lesta Meis e Suárez Picalho. Depois duma visita, Outeiro Pedraio escrevia:

Cando saían os nenos da Escola da Irmandade correu unha esperanza pol-a Rua Real e os señores de barba e pérola na cravata, hastra non figuraban tan vellos.

Outeiro Pedraio, R.: “Esquemas e lembranzas”, A Nosa Terra, 1-I-1929.

Entre o alunado que frequentou as aulas podemos aludir aos nomes do dramaturgo Jenaro Marinhas, os irmaos Codesal, os irmaos Galán Calvete (Fernando, Jaime e Pedro; este último futuro dirigente das Mocidades Galeguistas, assassinado em 1936 com 19 anos de idade), os militantes galeguistas Julio Pita e Fernando Suárez, entre outros.

Esta experiência terminou quando, em 1939, Ângelo Casal se desloca para Compostela, ao atravessar dificuldades económicas devido ao fracasso do jornal vespertino El Momento. A obscuridade da ditadura franquista apagou as vidas duma esforçada e comprometida geraçom, mas nom a memória que hoje as Escolas de Ensino Galego Semente incorporam para a construçom do velho sonho irmandinho da Escola Nacional Galega.

Este texto é um excerto adaptado do relatório apresentado no Congreso Internacional Línguas, património e identidades. Perspetiva educativa. Donostia 8 e 9 de novembro de 2018: Projeto Educativo Semente. Iniciativa popular autogerida e transformadora para a promoçom, normalizaçom e defesa da língua e a cultura galegal. As imagens, a negrita e o itálico som uma escolha particular do Galiza Livre.

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