Por Ana Macinheira /

Esta legenda congregou milhares de mulheres no passado fim de semana nas ruas da Galiza. Nom se trata de nenhum exagero: realmente, as cifras arrepiam, e só umha populaçom embrutecida pode tolerá-las: do ano 2010 ao 2017 fôrom assassinadas na Galiza 54 mulheres; o 61,1% destes casos som feminicidios íntimos, é dizer os que se dan no marco da parelha ou exparelha. Estes seriam os únicos que se contabilizariam em cifras oficiais. Porem, feminicidio.net contabiliza também assassinatos de mulheres que se dam fora de relaçons íntimas (feminicidios familiares, feminicídios nom íntimos ou crianzas assassinadas a maos dos seus pais).

Em 2017, segundo a mesma fonte, no Estado Espanhol fôrom assassinadas 91 mulheres, contabilizando neste epígrafe feminicídios íntimos (cifras oficiais, 45 mulheres), nom íntimos, familiares, por prostituçom, por conexom, crianças: 11 nen@s forom assassinad@s no que vai de ano, com idades comprendidas entre 1 e 11 anos). Calcula-se que desde o ano 2014 hai mais de 500 menores orfos por causa da violência machista.

Clamor feminista contra a violência e demanda de soluçons de fundo.

Convocadas pola Plataforma Feminista Galega e a Marcha Mundial das Mulheres, milhares de pessoas tomárom parte o passado sábado das ruas do país para protestar contra a violência machista. , “a sombra do sistema patriarcal é grande e estende-se por todos os recunchos, pero nós estamos juntas e sabemos que a nossa aliança contra todas as violências machistas é mais poderosa que qualquer tentativa de silenciar-nos” assinala o manifesto da Marcha Mundial das Mulheres.

Os julgados do nosso país recebem 18 denuncias ao día por violência machista, e no primeiro semestre do ano emitírom-se quase 1000 ordes de protecçom, “rejeitamos pactos de estado que mantenhen a violência no ámbito doméstico e de parelha negando a existência dumha estrutura de opressom das mullheres. Nom queremos políticas de foto e apertons de mans, queremos soluçons e recursos contra a violência que sofremos”, manifestou o feminismo organizado.