Por Jorge Paços /
Nem os informes críticos da OMS, nem a reiterada denúncia do associativismo ecologista parecem ser abondo. A UE continua sem se atrever a dar passos firmes na proibiçom do glifosato, agroquímico reconhecidamente poluinte e provavelmente cancerígeno. Na passada semana, a Comissom Europeia adiava a conclusom por enésima vez, o que de facto possibilita a reiterada utilizaçom do pesticida industrial.
A renovaçom da licença sobre o controvertido agroquímico fora prorrogada um ano e médio e remata no vindouro 15 de Dezembro. E como acontecera em ocasions anteriores, no debate do passado dia nove nom se chegou a decisom concluinte nenhuma. Dacordo com a imprensa comercial e os próprios vozeiros da UE, “a falta de maioria qualificada impede avançar”.
Se nenhuma das instáncias europeias acada um acordo, corresponderá à Comissom a decisom final. Ainda, no típico sarilho legal no que gravita a confusa UE, a cada governo europeu poderá continuar a fazer o que desejar.
O poder de Monsanto e o papel de Espanha.
A ninguém se oculta que o permanente bloqueio da decisom é devido ao poder de Monsanto, transnacional que elabora este composto, presente nos mais de herbicidas empregados no agro e nos jardins.
Sem desentonar da sua habitual adesom às causas mais injustas e regressivas, Espanha apostou, junto com mais 14 Estados, por umha nova licença de cinco anos, desouvindo assim as palavras da OMS: ‘o produto é provavelmente cancerígeno’, afirma a entidade internacional.
A Comissom Europeia, autêntico poder executivo distante da deliberaçom democrática, contravém a própria sugestom do Parlamento Europeu, que recomendou há meses a “progressiva reduçom” do emprego deste pesticida.