Se no artigo aqui publicado 14 Perguntas sobre Venezuela e a maioria da esquerda nacional e do Estado já se punham questons muito poderosas acima da mesa como eram o socialismo, a revoluçom, e a disputa do poder real à burguesia, agora passados uns meses e com um dos golpes de estado mais burdos e baratos em curso que tenta já como segunda opçom umha espécie de invasom ou guerra híbrida (cousa que também se cré difícil) podemos voltar sacar umhas breves palavras.

Como se dizia no artigo anterior, Carmona Estanga e resto de golpistas em 2002 nom renderam contas ao povo bem rendidas, mas as que defenderam a legalidade/legitimidade, em tal caso, a revoluçom Bolivariana em Puente Llaguno nom tiveram essa sorte, foram tratadas como pistoleiras. É muito forte e contraditório já no 2002, mas assim aconteceu. Surpeende-nos que Guaidó ainda depois de autoproclamar-se como um charlatám se mova de dentro para fora do país e de um lado para o outro deste, falando e artelhando o que ele quer quando lhe apetecer? Quanto e que mais tem que fazer o Presidente Interino Sr. Guaidó para render contas a Bolívar, ao Che, a Chávez (figuras importantes para o atual povo venezuelano), e ao Povo Venezuelano? Nom se sabe quanto mais tem que fazer o Guaidó, provavelmente já nom pinte muito e possa ser substituído na sua funçom, ou mesmo a sua funçom ser modificada no golpe, mas (sinceramente) sim surpreende-me que o Chavismo, o socialismo do século XXI ainda nom aperfeiçoara um chisco estas questons básicas para a integridade de um governo e a sua naçom. Já nom é a impunidade do golpe do 2002, ou das guarimbas (de Leopoldo Lopez e Guaidó), é a impunidade do presidente autoproclamado sem apoio popular (muitssimo menos que outros opositores e tentativas) que ameaça e reta a um governo revolucionário rodeado de militares traidores desde o seu papel de presidente interino e membro da AN que se passeia por Venezuela e convida à intervençom de exércitos estrangeiros. É umha impunidade subida de tom, que já sobrepassa “umha normalidade”. Nom deve valer de escusa o apoio com que conta a ultradireita venezuelana e quem quer dar esse golpe desde fora, um governo, seja qual for, nom deixa via livre ao golpismo durante anos como está a acontecer em Venezuela.

Quem nom deixa via livre ao golpismo é o povo venezuelano que sai em massa à rua cada vez que quer fazer demostraçom de repúdio ao golpismo, ou adesom ao seu governo. Este povo, educado no/para o socialismo do secúlo XXI, estaria disposto a defender a sua revoluçom se as formas fossem outras, se as formas do seu governo nom dessem pé a novos golpes de estado e assegurassem um percurso mais revolucionário para esta etapa (como outras) tam crucial.

Dentro das Forças Armadas da República Bolivariana de Venezuela existe umha politizaçom muito alta, de aí procede o Chavismo. Pode que seja um dos exércitos mais leais ao seu povo e governo (em momentos de desestabilizaçom interna), mas desde 2002 já existe também um (ou vários) buratos por onde saem como “pinga a pinga” oficiais com os seus soldados para manejar como querem instalaçons militares para darem golpe ou fazer propaganda. Nom se deve cair na mitificaçom do exército, ainda que dá mostras de lealdade também já dá mostras negativas.

Agora mais que nunca (como se dizia no anterior artigo), tanto Rússia como China nom intervenhem pola liberdade e a democracia de Venezuela, depois de consolidar as relaçons com Pequim a todos os níveis e ademais do anteriormente dito com Moscova e receber no país o exército russo, o imperialismo que compete (em diversas formas) aos EEUU e os seus lacaios ( Espanha é ponta de lança por Europa ), marcam-lhe a linha ao governo, um governo que já fai a sua naçom mais dependente que nunca a nível econômico e nom castiga e reprime ás/aos golpistas, cousa – esta última -que entraria com muita força na geopolítica e os interesses de um conflito maior entre potências (nom para os interesses diretos de Venezuela) polo que a situaçom do governo e do povo seguira a ser a mesma.

O povo venezuelano está a viver uns momentos duros e difíceis, mas está respostando como um povo soberano que está disposto a luitar contra o yankee, contra o imperialismo assassino das Americas e do mundo. Contra os vendepátrias também se combate desde há muitos anos e se segue a combater, mas como no 2002, é paradoxal a luita das bases chavistas e a atuaçom da justiça e o governo revolucionário venezuelano.