No artigo Gaza 2018 publicado neste portal já falávamos da incursom do exército sionista em Novembro de 2018 até perto de 3 Km na faixa, que deixava – num cessar-fogo – desorientadas as gazatis depois de tanta morte e repressom nas Marchas do Retorno (ainda segue). Hamas passava a contolar as marchas com mais puniçom ( por exemplo ) e Israel baixava o nível ” punitivo ” das suas atuaçons. Mas nom foi assim, e aquele ataque num cessar-fogo era mais umha provocaçom a Hamas e ao povo Palestiniano que um castigo sionista à rebeldia palestiniana (ficavam 7 palestinianos mortos e 1 sionista). Depois de aquele ataque e intercâmbio de projéteis seguírom a respeitar o cessar-fogo ( Israel interpreta cessar fogo como opressor ), questom que deu para demissom de ministro e rutura de governo por parte de ultra-nacionalista judeu. A vida na faixa continuou a ser insuportável: sem água, sem luz, sem mencinhas, e assediadas polo exército israelita com mortes nas marchas do retorno e nas ruas, e com Hamas fazendo de polícia mais que nunca.
Perguntavamo-nos também até quando ia resistir Hamas e o povo Palestiniano esta dura guerra, já de desgaste, e parece que vamos olhando a resposta. O povo esta-se a organizar num movimento juvenil e popular que pede a Hamas a suspensom dos impostos e mais “flexibilidade” para viver as suas vidas numha faixa sem futuro ( “Queremos viver” é o seu leme ). Está nalgumhas ruas da faixa, e nunca acontecera tal. Hamas já tomou um caminho e está fronte ao seu povo, reprimindo (detençom e maltrato), criminalizando e mentindo. Nom se trata de antigos militantes/funcionários de Al Fatah que venham da Cisjordania/ANP e queiram aproveitar a situaçom para desacreditar a quem manda em Gaza como diz Hamas. A autoridade de Gaza tem duas preocupaçons: umha é esta, o seu próprio povo “em contra”, a outra é o cessar- fogo que segue a fortalecer com Egito (1) como “amigo”, tendendo-lhe a mao a Israel. A mocidade gazati tem outra preocupaçom, ela quer estudar e viver em mínimas condiçons.
Mas quem dá um apoio a este movimento popular na Gaza?. Quem fai para nós de referente, e nos dá um intuito ( ademais do nosso próprio )?. A Fronte Popular pola Libertaçom de Palestina ( FPLP ) deu-lhe o seu apoio às protestas do povo dizendo que este tivo muita paciência e foi muito sofrido, e que agora corresponde a Hamas dar um passo. Que a FPLP dera o seu apoio ajuda para avaliar estes acontecimentos, nom seria o mesmo se ninguém se pronunciasse.
Falamos de Gaza, de Hamas, da faixa e do movimento com quem o sionismo tinha o verdadeiro problema, mas a mudança e implementaçom da repressom e a opressom que marca Israel chega também à Cisjordânia da ANP e de Al Fatah. Se há mais de um mês o bairro burguês da ANP de Ramalla olhava muito surpreendido a entrada do exército israelita arrasando com todo ao seu passo, algo que provocava umha batalha campal, agora nom surpreenderá tanto que vaiam 3 mortos em 24 horas em Cisjordânia ( 21 de Março ).
Israel quer açom sem reaçom por parte da Palestina, quer deixar clarinho que vai seguir oprimindo e colonizando e que sejam Hamas e Al Fatah ( ja era ) os que reprimam a sua populaçom. Hamas está – umha vez mais – entre a espada e a parede, e o povo palestiniano, seja em Gaza ou em Cisjordânia está diante do colonizador assassino sionista, e diante da sua polícia de Hamas e Al Fatah.
(1). Há poucos dias Israel punha em funcionamento o seu sistema defensivo polo lançamento dum míssil que chegava a Tel-Aviv. Acusavam Hamas do seu lançamento, e Hamas negava “desde” Egito em conversas polo cessar-fogo.