No Guieiro, o boletim das mocidades do Partido Galeguista, o de Castelao e Bóveda, o 1 de Dezembro de 1935, publica-se este artigo. Nele, vemos a força do independentismo na organizaçom juvenil. No número seguinte da publicaçom, o 15 de Dezembro, informa-se-nos de que o diretor do Guieiro acaba de ser processado por mor deste texto acusado de “ataques injuriosos para Espanha”.
A imprensa patrioteira, defensora do espanholismo chirrom e decadente, cita-nos com este alcume sonoro e definitivo.
Mas o certo é que nom pudérom encontrar outra palavra que tanto gabasse o nosso orgulho de nacionalistas galegos.
Porque se há um “anti” decidido, da Espanha que essa imprensa representa, esse “anti” somo-lo nós. Da Espanha que triunfou na Galiza pola traiçom da Frouxeira; da Espanha que todo no-lo exige e todo no-lo nega; da Espanha que nos insulta quotidianamente e despreça a nossa cultura e fai mofa do nosso idioma; da Espanha que esnaquiza a nossa economia e condena os nossos labregos à fame e à miséria; da Espanha caciquil e antieuropeia; da Espanha acanalhada do “estraperlo”; da Espanha podre dos “Bola Negra”, dos “Gil Robles”, dos “Rasputim”, etc… Que maior glória, que melhor título que ser chamado o seu “anti”?
Siga pois a imprensa Espanhola, reacionária e chantagista, elogiando-nos com esse alcume. Agradecemos-lho!