A imprensa comercial adoita aproveitar as vagas de emprego estacional -Verao, férias de semana santa, Natal e rebaixas- para salientar a ‘queda do desemprego’ e botar algo de maquilhagem sobre os inquietantes dados económicos.

No seu balanço do ano que vem de rematar, a central nacionalista CIG aproveita para matizar e pôr em causa as visons mais compracentes. Numha análise editada no seu web, a central diz que embora o paro se reduziu na Galiza em mais de 1000 pessoas no passado Dezembro, as cifras relacionam-se fundamentalmente com a campanha natalícia, além de suporem umha percentagem bem menor de recuperaçom de empregos que a representada no conjunto do Estado.

Por palavras do dirigente da CIG, Fram Cartelhe, “o 2018 foi mais um ano perdido no nosso país para a recuperaçom do emprego de qualidade.” As cifras, segundo a focagem sindical, nom fam mais do que ratificar a cronificaçom da precariedade na Galiza, combinada com umha estacionalidade muito marcada.

De facto, os dados falam por si sós, sem necessidade de demasiada recriaçom na proclama política: no passado Dezembro, o 91% dos novos contratos assinados no território da CAG fôrom temporais.

Continuísmo político e ambiguidade sindical.

Cartelhe assinalou também que cifras como estas som o efeito da continuidade nas políticas da direita liberal na leme do Estado, agora em maos do PSOE. “Isto impossibilita a recuperaçom de direitos e a criaçom de emprego de qualidade.”

O descenso de filiados e filiadas na segurança social, dificilmente explicável num momento no que sobe o número de pessoas assalariadas, pode-se interpretar, segundo a CIG, levando em conta dous elementos: a continuidade da emigraçom, e a desconfiança de parte da classe trabalhadora no SEPE, o que leva a milhares de assalariados a nom inscrever-se.

Seja como for, e além das críticas à bicefália neoliberal do PP-PSOE, extensíveis às suas sucursais autonómicas, a central nacionalista nom se pronunciou ainda sobre as “medidas mobilizadoras” que prometera há meses, trás desconvocar a greve geral nacional, com motivo da chegada ao poder de Pedro Sánchez. Embora a central prometera “protestos contundentes” se nom se emendava seriamente a contra-revoluçom liberal do PP, por enquanto nom há propostas concretas de resposta sindical.