Era um coro de 10 homes e 3 mulheres( onde ficava a paridade?), comandados no centro como digno mandatario, polo amigo do narco galego Marcial Dorado e presidente da Xunta de Galicia Alberto Núñez Feijóo, extensom governativa do estado espanhol mais antidemocrático e opressor que nos leva a governar com mão de ferro tantos anos. Eu nom teria parado em este quadro se nom fora porque em aquela manhã e em aquel lugar estava-se a fazer o recebimento do lenço de Alfonso Daniel R Castelao ” A Derradeira Leicíon do Mestre “, e ademais estava alí presente a que se diz a herdeira das ideias, lutas, anelos e frustraçons de Castelao e Boveda.
Pois si, ali estava. Evidentemente era umha das duas mulheres que mencionava mais arriba. Sem importarlhe a ” imagem de género ” que transmitia a tal foto e que tantas veces lhe importa, nem que o herdeiro do ditador na Galiza ( político e governante galego que fai apologia do nacionalismo espanhol no nosso país) se apropriasse diante dela de algo tam importante para o nacionalismo galego.

Mostrou a sua cara e com ela ficou retratada. A portavoz nacional do BNG já deve saber que a imagem conta muito para a política que desenvolvem, e certamente em algumha foto da jornada a sua imagem ou aspecto parecia….., nom sei, como se nom gostase…. Quando se tem a cara, há que tela de verdade, ou é que se estava a lembrar de quando trouxerom os restos de Castelao a umha Galiza que nom era livre ( como esta mesma Galiza de Feijóo e Sanchez ), e @s suas quiserem impedir?. Estaria a pensar que nada mudou para que a portavoz do nacionalismo estivera ali, agas a sua necesidade de votos e continua viragem prática á direita para consolidar definitivamente o seu projeto nacionalista?. Pensaria se algo teriam feito realmente por darlhe continuidade ao projeto nacionalista de Castelao e Boveda?. Sería a “contradiçom de género” de aquela manhã?. Eu nom sei o que lhe pasava pola cachola, mas o que sei é que nada mudou desde o 75/78 e a sua nova viragem e clara, e que ademais – e esto é o mais grave – nom forom quem de ser a extensom desde a sua criaçom até hoje dos postulados de quem tanto se reclamam herdeir@s, ou seja, homes e mulheres que nos momentos chave da história nos derom a entender também a nós umhas palavras chave como: fala, terra, galiza, pátria liberdade, autodeterminaçom , independência ( e justiça) ; e nos contrapuseram outra na fronte: espanha ( e injustiça ).

A portavoz do BNG suportou com fe o acto, e depois nos meios de comunicaçom e nas redes sociais com o exército de militantes , botavam as maos á cabeza e atacavam indignad@s ao Chefe do PP na Galiza. Parece que agora é assi como tiram redito dos pais do nacionalismo.
O Bloque esse dia tivo a sua cara e com ela ficou retratado.
Olhando o Sermos atopo um vídeo do BNG. A verdade, já me espero algo que vaia muito mais por diante do que realmente poida oferecer a este país a organizaçom/fronte do nacionalismo hegemônico, ou seja, bem pouco, mas fiquei….. anonadado!!!

O vídeo titulase Somos Nación e fai-nos ver as caras de tod@s @s que com as suas lutas, pensamentos, e militância teriam cabida, já nom no Bloque, mas si teriam cabida os seus principíos revolucionários e políticos e quem pense agora como eles/as. Sae, como nom, Frantz Fanon ( ” Cada geraçom, dentro dumha relativa opacidade, tem que descubrir a sua missom, cumpri-la ou atraiçoa-la ” Os condenados da terra. ). O pior para um povo colonizado como o nosso é crer-se que o BNG tem algo que ver com as ideias da maioria desta gente, ou quere ter algo que ver com elas. O síndrome d@ colonizad@.

É compreensível que na propaganda se insista na linha e se fortaleza esta, mas se te pasas na publicidade e nom funcionas com teoria e prática, é já natural que alguns digam: Pois nom, já me pode afetar a mim.
As caras som bastantes, mas vou ficar com Connolly, Boveda, Reboiras, Miramontes, Zetkin, Mariategui, Companys e Fuco Gómez.
O escocês J. Connolly foi líder histórico da luta de classe ( também armada ) enfrontando-se em Irlanda contra a burguesia e contra o estado inglês, e foi quem melhor entendeu a fusiom do socialismo e o nacionalismo/republicanismo. Pode-se dizer que foi o precursor das ideias independentistas e socialistas para os MLN da Europa, sendo também fundador de organizaçom precursora do IRA.
A. Boveda em período de republicanismo ( sem golpe de estado fascista) continuado, junto ao resto de companheir@s e um povo que ” nascia ” nom cairiam no acomodamento injustificado. Dariam-lhe prática á teoria, falariam com o povo de autodeterminaçom, o nosso para nós, sachariam as leiras, teriam orgulho, etc… Poderiam estar preparad@s para avanços democráticos.

El mesmo teria artelhado um plano público galego para umha banca, etc.., polas mínimas que puderam ser as competências obtidas em qualquer momento da história.
José Ramon Reboiras. É comunista e sempre aparece pola sua ligaçom á primeira UPG. Já a UPG que forma parte do Bloco ( a mesma ) disse muitas vezes que já nada tem a ver com as ideias de aquela, ou seja, de que se enfrontem de forma armada ás injustiças do nosso povo como fixo Moncho Reboiras, ou que o Marxismo- Leninismo seja peça indispensável para a liberaçom nacional e social. Nada mudou desde a sua morte até hoje no conflito com espanha, só as suas ânsias por entrar na mentira do ” parlamentinho” e nas câmaras alta e baixa de Madrid, que é o que o condiciona todo.

María Miramontes poderia ter sido umha grandíssima Portavoz Nacional nos tempos que antes falavamos do republicanismo depois do estatuto, com @s suas companheir@s trabalhando por um fim, falando sem medo ás massas….Umha mulher que já dera um paso introduzindo-se entre homes vinha disposta a introduzir o nacionalismo nas mulheres e no povo. O apoio que ela prestou á Editorial Nós e todas iniciativas anteriores e relacionadas foi e é impagável.

José Carlos Mariategui é outro comunista. Fundador do Partido Socialista do Peru ( antecessor do PCP ) e pioneiro da 1ª Internacional en América do Sul. Entendeu que sem @s índi@s peruan@s posicionad@s com o socialismo o Peru nunca seria Socialista. De Mariategui e sua Revista Amauta precisa se um estudo no que atoparíamos umha coincidência clara – ainda sendo os seus impulsores muito distintos- com umha revista galega: dum lado umha Galiza labrega com a sua identidade propria e asobalhada, e um Peru Inca ainda dependente e semifeudal abren-se ao mundo, nutren-se del, cultural e politicamente. A revista galega de aqueles anos 20 nom pode ser outra que ” Nós “. Dous projetos grandiosos – quasi coêtaneos – que muito se parecem no fundo e nas formas. A sua contraposiçom se chama espanha ou hispanismo.

Clara Zetkin é outra membro dum comité central dum partido comunista e foi participe da revoluçom alemana. Falando pronto, segue as teses de Lenine e exila-se depois da revoluçom á URSS de Stalin.Se María Miramontes ” meteuse ” entre homes, Zetkin ” situo-se ” ao seu lado e luitou para mudar o mundo.

Lluís Companys foi á carcel pola proclamaçom dum estado catalám em 1931 e foi assassinado polo fascismo por ser o President da Generalitat Catalana que aglutinou por um momento a todos os setores representativos, tanto políticos como sindicais. Foi fundador de ERC, partido que comanda o ” Procés” independentista catalám. Partido impulsor da Diada onde reclama os direitos nacionais de Catalunya de forma clara e concisa desde sempre.
Fuco Gómez foi Arredista e nom se pode definir de outra forma. Planejou o levantamento armado em células arredistas ( como no movimento irlandes ) e a proclamaçom do estado galego. Tod@s sabemos a ” colisom ” política entre o arredismo e o nacionalismo na nossa história, entre Castelao e F. Gómez pola diferença na toria e na prática entre as duas posturas. Foi o independentismo o recuperador nato do arredismo, nom o nacionalismo.

Bom, depois de olhar a estas pessoas, o que elas forom e o significado que guardam, e ainda significam para milhons de pessoas entre elas eu, olho a cara da porta-voz do BNG, a mesminha que compartilhava sala com o chefe maior do constitucionalismo espanhol na colônia, o representante político da burguesia covarde entregada á espanha exploradora quando chegaba a Galiza ” A Derradeira Leicíon do Mestre “.

Por que tal desfaçatez?. Por que essa apropriaçom do arredismo?. Será que diz a mentira mais grande e nom che cresce a nariz?. Nom me preocupa o que o BNG faça, nem o que façam e percebam correto determinado número de pessoas – que já nom é pequeno- que conformam o ” esquelete” de umha verdadeira estrutura política com muito poderio, convencid@s que som o suporte verdadeiro desta naçom para o presente e o futuro , preocupa-me e muito como reage o nacionalismo e o independentismo organizado e sem organizar diante da continuada deriva á direita cara ao penultimo intento de consolidaçom, acompanhada de mascaradas assi. Muro de contençom, revisionistas das teses de Castelao, falsos democratas que vivem em pseudo, assi identifico eu ás elites, dirigentes e quadros “meios altos” do Bloque, e cada quem…..

É digno de estudo a inexistência de palavras de orde como: Autodeterminaçom, Soberania e muito menos Independência ou Socialismo nos cartazes do Dia da Pátria do BNG desde a sua fundaçom até hoje. Mas as suas mocidades si empregam tais palavras de orde e queimam bandeiras espanholas. Assi como quando o estado pos-franquista do 75/78 que nos oprime como sempre fiz, sofrê o golpe da sua vida pola trincheira da autodeterminaçom e a democracia, o BNG ainda considerou teoria e prática como proibida na Galiza. Já pasarom muitos anos de acomodamento e de perda de princípios, já nom era ajeitada umha nova jeira.
Alguém desde este meio já tem falado assi para o Bloque ( acomodamento e perda de valores ), incluso das suas misérias solidárias com @s pres@s polític@s galeg@s. Mas um companheiro dizia que o BNG ( por meio dos seus dirigentes ) nom representava ao povo. A realidade é outra, si representa ao nacionalismo e a um certo setor do independentismo que o tem como umha espécie de ” tábua de salvaçom”, e aí está um dos problemas do que Frant Fanon nos falou com as suas teses. As massas nacionalistas e ( também ) independentistas dispostas a participar e a escuitar as propostas de libertaçom nacional que saem desde dentro do Bloco desde 1990 estam-se a crer o discurso do colonizado com consciência de tal. O discurso de quem nom se parece para nada já com: Castelao, Boveda, Miramontes, Connolly, Zetkin, Reboiras, Mariategui, Companys e muito menos ( por respeto á história política dum país com o que esto conleva) Fuco Gómez. O discurso de quem ” entrega ” ao PP galego o recebemento de ” A Derradeira leicíon do Mestre” fazendo um coro tétrico, adequado para que a direita galega pro-espanhola volte ” honrar” a Castelao.

Esto acrecentasse sem crítica clara e contundente por parte do independentismo e incluso certos gestos políticos que se podem qualificar de seguidismo. Como nom iamos crer o que diz o BNG?. Quem preme o botom?, onde está a faísca que prende o facho da crítica? ( onde estivo a crítica interna olhando para Reboiras, Zetkin e Mariategui? ).
Todo o bom que fica é muito: identificar claramente os instrumentos existentes hoje em dia e classificá-los como válidos ou nom válidos e agir em consequência. É provável que nom se atopem coletivos e organizaçons políticas referenciais no independentismo, só existem duas: Causa Galiza e Briga, ao meu entender nem som referenciais e tampouco abraçam consequentemente as posturas históricas do verdadeiro independentismo revolucionário que sempre existiram (1). Ainda assi, estas duas organizaçons si som um pequeno muro de contençom contra a política do BNG que si merecem um apoio de base independentista ” de choque “. Parece o momento para que a mocidade combativa que repousa arredor deste independentismo dê um passo adiante.

Somos muit@s, as bases do nacionalismo e o independentismo mais tod@s @s que de forma organizada ou nom, cremos nas teses de Castelao e/ou Reboiras, que se cruzam na democrácia e na autodeterminaçom, algo que a estrutura controladora nacionalista nom está disposta a conquistar.

(1) As fugidas cara ao colaboracionismo com o nacionalismo espanhol por meio de candidaturas de Unidade Popular ( Anova+ IU e o que viu para ficar como Mareas de Podemos) das organizaçons independentistas FPG e Movemento pola Base, a autodissoluçom da AMI e de NÓS-UP, a ilegalizaçom e golpe repressivo a Causa Galiza e a liquidaçom do Foro Independentista Galego no 2016 [ ” plataforma ” válida para a reconstruçom pola basse do independentismo posta em marcha para o Dia da Pátria de aquele ano ] nos pode dar a entender umha situaçom assi no movimento independentista. Se a esto sumamos outro fator fundamental ainda entenderemos melhor: a constante repressom, criminalizaçom e persecuçom do independentismo mais coerente e solidário desde 2005 até hoje ( que nom foi pouco e abrange um pequeno arco ), e que
acompanhou esta jeira política.