A terça-feira 7 de Fevereiro de 1933, o jornal El Eco de Santiago publicava a seguinte nova em que dava conta do mitim da USG o domingo anterior em Arçua. Resulta interessante o número de congregados polo primeiro partido marxista e independentista da nossa história, 3000 labregos da bisbarra arçuá. Também ver a Luís Seoane como agitador predicando a causa da liberaçom nacional galega como umha luita verdadeiramente marxista frente ao nacionalismo imperialista da esquerda espanhola, que o negava em nome do cosmopolitismo e da classe obreira abstracta.
O domingo tivo lugar na vila de Arçua o anunciado mitim de propaganda autonomista organizado pola Uniom Socialista Galega. A praça central da formosa vila encontrava-se desde as dez da manhá ateigada de público. Um público animoso integrado por labregos de todas as freguesias do partido. Às doze da manhá começou o acto com os oradores a falar desde o palco da música. Assistírom mais de 3000 camponeses e o mitin transcorreu sem nengum incidente.
Falou primeiramente D. Ángel Valcárcel, secretário de Organizaçom da USG, quem expujo a doutrina do partido ampla e fundamente. Explicou as vantagens que para a Galiza reportaria o Estatuto autónomo. O seu discurso profundo e meditado foi premiado com umha grande salva de aplausos.
Seguiu no uso da palavra o advogado D. Luís Seoane. Explicou a actitude de Uniom Socialista Galega frente aos partidos nacionais (sic) advertindo que resultava umha posiçom perfeitamente marxista a adoptada pola USG ao levar ao seu programa socialista a liberaçom da Galiza e a reclamaçom do seu regime autónomo. Propugnou a carta autónoma como único meio de salvaçom da Galiza.