Por José Manuel Lopes Gomes /

Lara Méndez, alcaldesa de Lugo, vem de anunciar a sua retirada na tentativa de aprovaçom da ‘ordenança cívica’ para Lugo. O motivo aducido, a ‘falta de consenso’. O rascunho apenas contava com o apoio da direita local (PSOE, PP, Ciudadanos), e recebia a oposiçom talhante de BNG e IU. Na rua, tem motivado a denúncia permanente da plataforma Lugo sem mordaças, que convocou há duas semanas umha concorrida manifestaçom.

Ante o ultimatum dado polas forças da esquerda institucional à alcaldesa com motivo do polémico rascunho, esta manifestou que ‘nom se pode revogar o que nom foi aprovado’. Porém, ao mesmo tempo a dirigente do PSOE reconheceu que ‘nom havia consenso abondo’ para tal ordenança ser aprovada.

Texto regressivo e oposiçom popular

Além das clássicas limitaçons e proibiçons contra a difusom de propaganda do movimento popular (em favor do monopólio da publicidade empresarial), o rascunho de ordenança recolhia restriçons inéditas contra os sectores mais vulneráveis da sociedade : limitava ou proibia a esmola, o parkour, a música de rua, os malabares, ou mesmo as juntanças espontáneas da vizinhança utilizando cadeiras.

A diversidade de sectores atingidos motivou um exitoso movimento popular que aginha foi perseguido com multas e censura polo Concelho. Sem embargo, e apesar dos entraves, a plataforma ‘Lugo sem mordaças’ convocou mais de mil pessoas numha manifestaçom local com poucos precedentes. A organizaçom e pressom do tecido associativo demonstrou mais umha vez, apesar das palavras vagas da alcaldesa, que ‘só o povo (organizado) salva o povo’.