Por Jorge Paços /

Cumprírom-se as previsons: apenas seis dias depois das massivas manifestaçons que exprimírom a carragem popular pola vaga de lumes, Compostela volveu acolher um protesto massivo. E como era também previsto, o acto contra a ‘Lei de Depredaçom’ da Galiza foi um berro unánime contra a política florestal que permite que o nosso país se calcine com periodicidade regular. Organizaçons sociais, nacionalismo institucional e independentismo estivérom mui presentes ao longo da manifestaçom.

Os feitos acontecidos há só oito dias nom deixárom ninguém indiferente, e por isso levárom as multidons desta manhá a porem o seu acento na crise incendiária. A Galiza viu como ardiam mais de 35 hectares, como se perdiam quatro vidas humanas, e como alguns concelhos do sul ficavam sem grande parte da sua superfície florestal.

Baixo o lema ‘Lumes nunca mais’, umha massa mui plural de pessoas e coletivos fijo-se ouvir com dous tipos de consignas: as que apontavam a responsabilidade do PP, pediam demissons e implícitamente apregoavam a mudança institucional como chave para a superaçom do colapso ambiental; e aquelas outras que denunciavam o modelo de capitalismo colonial e o papel reservado por Espanha à Galiza para explicar as consequências que hoje padecemos. No bloco independentista, estas fôrom as consignas dominantes.

A mobilizaçom percorreu as ruas mais céntricas da capital e rematou na Praça da Quintana, com arengas de Quico Cadaval e do responsável da CIG Paulo Carril.

A depredaçom às portas.
O peso abafante da problemática dos lumes tampouco nom levou as pessoas organizadoras o amplo leque de agressons que a ‘Lei de Fomento da Iniciativa Empresarial’ possibilita nos nossos montes, desregularizando toda atividade produtivista. Minaria, nova vaga eucaliptizadora e parques industriais assomam como ameaças para um rural desertizado, nom sendo que medie umha contundente oposiçom popular nas ruas da Galiza.