Por José Manuel Lopes /
Como no resto de setores laborais, o retrocesso de direitos condiciona o dia a dia da indústria naval e introduz crescentes diferenças entre trabalhadores e trabalhadoras. Assim o denunciou a CIG com motivo da manifestaçom de onte em Ferrol, advertindo que a patronal quer voltar às condiçons anteriores ao ano 2001.
As indústrias auxiliares de Navántia levam quinze dias mobilizadas numha greve indefinida que pedem o cumprimento de velhos acordos salariais: datam de 2001, mas nem se aplicam em todas as empresas, nem gozam dum quadro legal para serem efetivos.
Baixo a chuva, centos de manifestantes percorrêrom o centro da cidade; é mais um passo dumha mobilizaçom sostida que o responsável de indústria da CIG em Ferrol considera ‘exemplar, dada a adversidade de condiçons nas que se celebra’.
Bloqueio empresarial.
A falta de vontade negociadora da patronal, segundo a CIG, amparou-se ‘em informaçons falseadas que apresentavam esta luita como reclamaçom de privilégios’. Na realidade, segundo a central nacionalista, trata-se de ‘igualar a condiçons de todas as empresas e evitar umha concorrência desleal que se alimenta de baixar mais e mais os salários’.
A falta de vontade negociadora vê-se apoiada, segundo se escuitou nos discursos finais da manifestaçom, nas corporaçons CCOO e UGT, que tenhem proposto umha votaçom hoje mesmo para o possível fim da greve; tais votaçons, segundo a CIG, fariam-se nas melhores condiçons para a direcçom de cada empresa.
É nesse sentido que a central nacionalista chamou as corporaçons espanholas a se clarificarem ‘e pôr enriba da mesa umha proposta concreta para a negociaçom’.