Por Xabier Lago Mestre (adaptaçom ortográfica do galizalivre) /
Nom se pode negar que há muito desconhecimento sobre a reivindicaçom do galego nos territórios estremeiros. Neste caso, desde o colectivo cultural Fala Ceibe do Berço, queremos informar do que reivindicamos na nossa regiom. Concretamente, repararemos na estratégia empregada com a última campanha a prol da presença do galego no Conselho comarcal do Berço.
O Conselho Comarcal é a instituiçom de governo na regiom do Berço. Foi criado no ano 1991 por lei autonómica. O dito Conselho colabora com todos os concelhos e mais as pedanias. Até hoje o galego nom tem presença no labor político do Conselho, por isso a nossa campanha vindicativa. Quando se conseguir o emprego parcial polo Conselho, o nosso idioma terá umha visibilidade e um prestígio especial para o resto de entes locais.
Há anos que andamos por trás do Conselho Comarcal para o idioma galego ter uso institucional, mas até hoje apenas temos as suas promessas. O Conselho comenta que há umha proposta de convénio de colaboraçom com a Junta da Galiza para o fomento do galego no Berço. Chegou a hora de pressionar mais. Por isso principiamos umha campanha ante os meios de comunicaçom para reclamar que no portal digital do Conselho apareça o galego já.
A nova campanha reclamativa.
Obiviamente, na nossa reivindicaçom tivemos muito em conta a legislaçom linguística. Assim contamos com a Constituiçom, o Estatuto de Autonomia de Castela e Leom (artigo 5.3.), Carta europeia de línguas regionais e minoritárias, Lei autonómica de criaçom do Conselho comarcal do Berço (1991) e diversas sentenças sobre o euscara em Trebiño. Porém, achamos que a pressom mediática foi mais forte e convincente que a jurídica ante a caste política resistente.
A nossa campanha tivo grande repercussom mediática em Leom, o Berço e a Galiza. Quase que todos os jornais, em papel e digitais, fixérom-se eco da nossa demanda linguística. Isto foi abraiante ! Quiçá tinha ajudado o contexto de combate político das vindouras eleiçons locais do ano 2019. O importante é que a nossa mensagem sobre o galego chegou a muitos leitores e ouvintes.
Antes de continuarmos convém fazer um apontamento interessante. No Berço bem sabemos que a minoria galegofalante sofre contínuas discriminaçons linguísticas ante a maioria castelá. Os poderes políticos, institucionais, económicos e informativos marcam as regras do jogo. Trás longas reclamaçons acadamos pequenas concessons porque avançamos passeninho ante a cadência que nos impom o poder castelám.
Resultados da reivindicaçom
Trás a dita campanha mediática polo uso do galego no Conselho Comarcal chegam os resultados. A pressom mediática e dos falantes, mediante o envio de cartas ao dito Conselho, foi importado segundo nos contárom. Incluso o chamado Procurador do Comum de Castela e Leom (Valedor do Povo regional) abriu um expediente informativo trás as demandas.
O Conselho Comarcal semelha reagir ante a pressom social. Assim acadamos já umha pequena avinça verbal. Este colectivo Fala Ceibe arremessará várias séries de léxico galegoberciano para serem publicitadas no portal digital do Conselho. Trabalharemos debalde para facilitar a presença imediata do galego. Já nom haverá que aguardar mais para se traduzir parte do portal digital comarcal ao galego desde a Galiza. Esperamos que o nosso trabalho altruista sirva para o Conselho cumprir finalmente com o prometido connosco.
Resulta de grande importáncia que o galego tiver presença no portal digital do Conselho Comarcal. Assim o galego consegue um protagonismo institucional e visibilidade social. A chave está em demandar que o galego, nesta instituiçom, nom caia no formalismo jurídico com meras traduçons dos conteúdos actuais em castelám. Procuraremos que o galego, no devandito portal, seja algo vivo e prático para os galegofalantes. Esta luita nom vai ser doada, desde que os políticos que sabemos tratarám todo contrário, que tenha mínima presença sem eficácia jurídica.
O Conselho Comarcal é a mais importante instituiçom territorial do Berço. Mas há outros entes locais, casos dos concelhos e pedanias (juntas vizinhais nas localidades). Nom é que o Conselho Comarcal tenha muito dinheiro nem competências, mas menos tenhem os concelhos rurais e pedanias. Por isso resulta fulcral que o Conselho ajude no fomento do galego ao resto das instituiçons locais bercianas.
Nom podemos permitir que este novo galego institucional sirva só os políticos para assinarem convénios de colaboraçom e contratos administrativos que procuram gastos sem eficácia jurídica para os galegofalantes. Porque há uns direitos linguísticos que aguardam ser reconhecidos aos bercianos e as bercianas. No futuro utópico nom poderá haver diferenças entre os falantes galegos e da Galiza administrativa e do Berço estremeiro.
O Berço, julho de 2018.