Por Antia Seoane /
Minas a céu aberto, vertedouros de resíduos, parques eólicos, eucaliptizaçom dos montes, isto é que o progresso tem reservado para Galiza, mas o movimento popular galego mantém a pressom contra este tipo de projetos.
Este fim de semana foi a Plataforma Casalonga Limpa de Resíduos quem reuniu arredor de duas mil pessoas em um roteiro em protesto polo projeto que o grupo empresarial Toysal pretende instalar na velha canteira de Casalonga, no termo municipal de Teo. O rejeitamento a este projeto já ficava patente para quem circulasse nas últimas semanas pola estrada nacional que une as vilas de Compostela e Padrom grazas às numerosas faixas de protestas penduradas em numeras vivendas e prédios situados à beira da estrada.
O roteiro arrancou às 11 da manha de sete pontos diferentes: da estaçom de comboios de Osebe, das carvalheiras de Luou e de Sam Martinho de Francos, da capela de Ameneiro, do parque de Texexe, da escola de Casalonga, e do parque de Mouromorto, para logo unirem-se e rematar as sete colunas juntas na cavalheira de Cornide. O protesto estava encabeçado por umha faixa na que se podia ler “Zona residencial, nom residual” e que deixava claro a oposiçom de toda a vizinhança contra o projeto.
O projeto
O projeto consiste na instalaçom de umha planta para a gestom de 90.000 toneladas anuais de estercos e lodos de depuradoras de águas residuais. Mas as numerosas deficiências observadas na documentaçom aportada pola empresa promotora para a obtençom dos permissos legalmente exigíveis, provocou que varias organizaçons ecologistas mesmo se questionaram se o projeto se fora a destinar à gestom de resíduos como dizem, e que nom se trate em realidade de um vertedouro encoberto. Desgraçadamente, nom seria a primeira instalaçom destas características que é autorizada baixo estas condiçons e que finalmente se convertem em um simples vertedouro de resíduos onde nom se realiza nenhum processo de reciclagem.
Já no se dia, em um informe encomendado polo Concelho de Teo, alertava-se sobre a inestabilidade do terreno além de faltar o pertinente estudo geotécnico e outras deficiências técnicas. Contudo, como bem explica ADEGA no seu informe, a eiva principal do projeto é que este nom garante a qualidade dos produtos a reciclar ao nom especificarem as características, nem a origem destes.
Mais umha vez é a auto-organizaçom e os movimentos populares os que saem em defessa do País ante as agresons do Capital.