Por Antia Seoane /

Quando faltam poucos dias para a manifestaçom que esta convocada em Compostela contra a apertura da mina de Touro – O Pino, ADEGA publica umha minuciosa análise sobre a qualidade das águas dos rios próximos à mina.

Os dados

A associaçom ecologista solicitou a Águas de Galiza, organismo dependente da Junta de Galiza, informaçom em relaçom às analíticas de águas feitas nos últimos anos nos arredores da antiga mina de cobre. As analíticas forom tomadas em numerosos puntos de controlo que abrangem umha superfície de quase setenta quilômetros quadrados.

Em concreto, as mostras das águas analisadas forom tomadas em diferentes estaçons de controlo nos regos Minas, Torreis, Felisa, Portapego, Barral e Pucheiras, e nos rios Ulha, Lanhas e Brandelos, onde se atoparom altas concentraçons de fenoles, sulfatos, cianuros e de diferentes metais pesados (Cobre, Cadmio, Níquel, Zinque, Mercurio, Ferro, Cromo, Arsénico, Aluminio, Chumbo, Manganeso,…) estando muitas destas sustâncias catalogadas como perigosas. Além disto, a acidez medida em todas as análises é excessiva, chegando a 2,32 unidades. A contaminaçom afeta tanto às algas superficiais como às águas soterradas.

ADEGA também analisou os resultados analíticos dos “canais submetidos a tratamentos de regeneraçom”, e estes também mostram altos níveis de metais pesados e outros contaminantes, havendo casos onde os índices de contaminaçom com mais elevados que os detectados previamente ao processo de regeneraçom, o que pom de manifesto a sua ineficácia.

Com estes dados, e devido ao caráter bioacumulábel de muitos metais, seria aconselhável monitorizar as possíveis consequências do consumo dessas águas na saúde da populaçom. Em qualquer caso, para que estas aguas foram aptas para o consumo doméstico exigiriam um intenso processo de depuraçom prévio.

Há que precisar que estes dados obtiverom-se em um período, nos últimos 10 anos, nos que a mina estava inativa, polo que os parâmetros contaminantes multiplicaram-se se a mina se reabrisse.

Mobilizaçom contra a re-apertura da mina

A Plataforma vizinhal Mina de Touro-O Pino NON e a Plataforma em defessa da ria de Arousa convocam umha manifestaçom para este domingo, 10 de Junho, que partirá da Alameda de Compostela às 12 da manha. Está previsto que remate na praça do Obradoiro.

Como denunciam as plataformas organizadoras, este projeto, próprio do capitalismo extrativo ao que som sometidos os territórios sem soberania, ameaça com contaminar a bacia do rio Ulha e a ria de Arousa o que arruinaria os setores produtivos tradicionais do que depende vida de milhares de pessoas.