Por Antia Seoane /
Na celebraçom do Dia Internacional da Classe Obreira do passado 1 de Maio, ao remate da manifestaçom que percorreu as ruas de Vigo, o secretário geral da CIG, propôs a vindoura terça-feira, 19 de Junho, como data para umha greve geral em Galiza. Assim como vinha assinalando nos últimos meses o independentismo galego, para a direçom do sindicato nacionalista a situaçom do País também e suficientemente grave como para convocar umha greve geral sem ter que aguardar à aprovaçom dos sindicatos espanhóis.
A data da greve era apenas umha proposta e ainda nom está confirmada. O sindicato nacionalista sugeriu a greve para esta data à espera que os demais sindicatos se aderirem à convocatória ou mesmo negociar outra data se os demais sindicatos propuseram umha data alternativa. O máximo responsável da CIG, Paulo Carril, declarava naquele dia que esperava “que todos os sindicatos estejam à altura das circunstâncias num momento em que temos de dar uma resposta conjunta e contundente na defesa de nossos direitos e de um futuro digno para a classe trabalhadora”.
A posiçom dos demais sindicatos
Umha semana depois do anuncio da convocatória da greve geral de jeito unilateral por parte da CIG, os demais sindicatos começam a posicionar-se.
Por declaraçons recentes sabemos que os dous maiores sindicatos espanhóis com delegaçom na Galiza, UXT-Galicia e CCOO, nom apoiarám a greve geral. O discurso de dependência de Galiza a Espanha impregna às cúpulas dos dous sindicatos espanhóis e fica patente a falta de autonomia das delegaçons galegas. O secretário geral de UXT, José Antonio Gómez, declarou este fim de semana a RNE que nom apoiarám a greve geral porque “nom daria resultado e seria um custo a maiores para os cidadãos e os trabalhadores”, mas pola contra optam por fazer um chamamento ao diálogo à patronal.
Por outro lado, a CUT, logo da celebraçom do seu Secretariado Nacional, convocou à direção da CIG a umha reuniom para comunicar-lhe que “em um contexto adverso como o atual ou a greve se encaminha desde a unidade sindical ou está condenada a ser pura estética e apariencia”. Só umha vez celebrada a reuniom fará umha avaliaçom publica e fixará a sua posiçom final arredor desta convocatória.
Rachar com os sindicatos espanhóis
Ante a negativa das centrais sindicais espanholas a aderirem-se à convocatória de greve geral, fica patente mais umha vez que nom estám ao serviço da classe trabalhadora galega. Som simples apêndices do regime do 78 ao serviço do poder. Os setores populares ainda ligadas às centrais sindicais espanholas devem rachar com estas estruturas e somarem-se à greve geral.
A luita da classe trabalhadora e do povo galego em geral é o único caminho para defender e conquistar os direitos que lhes correspondem.