Como nas mesturas de cores (que disque som infinitas), as formas identitárias híbridas também o som.
Nisso cavila Antelo mentres observa um bando de paxaros no céu e como estes desaparecem no horizonte.
E nom somentes as formas identitárias, se nom também as construçons culturais, as formas de organizaçom ou os modelos tecnológicos. Quanto barrenou hoje Antelo! Depois do seu café com ghotas matinal, e antes de entrar a choiar, ele repassa tantas possibilidades como robots há na China.
Híbridos foram aqueles anarco-sindicalistas que trabalharam conjuntamente com o estado, como aqueles ministros da CNT durante a 2ª República espanhola e híbridos foram os guardia-civis que combateram o franquismo no 1936, da mao desta mesma organizaçom. Doutro jeito, totalmente distinto, foram e som também híbridas as pessoas infiltradas e vendidas em distintos graus nos movimentos políticos historicamente (como explica Victor Serge em “O que todo revolucionário deve saber sobre a repressom”) ou os xudeus que trabalharam de capatazes no Holocausto levando ao crematório às suas próprias compatriotas. Onde tinham posto as linhas vermelhas os seres humanos para decantar-se por um espaço ético ou político, era interessante, como aqueles revolucionárias que tinham morto baixo torturas ou em prisom, ou que variaram tais ou quais caminhos vitais segundo umhas circunstáncias ou outras.
Claramente, vê Antelo como está mui de moda o “todo vale”, ou “vale tudo”, que é também umha arte marcial que neste caso beneficiaria ao poder claramente. Porque hibriedade nom seria nunca o mesmo que ebridade ou ambigüedade. Às vezes o Antelo barrena de mais, e pom-se em modo “teórico-político” e nom há quem o ature. “Há que falar com propriedade”-diz ele.
Porque Antelo nutre-se das conversas de bar, e sabe mais que um ex-delinquente profissional. Às vezes bota a rir ele só e às vezes reflexiona sobre o “cuerdismo”, às vezes trata de delimitar claramente onde começa o ser um gilipoyas e onde remata o ser um tipo peculiar. O Antelo nom cae muito bem na taberna habitualmente se nom o conheces, porque é dos que as solta diretamente, e esse “logho ti de quem ves sendo” roça depois a impertinéncia quando diz quase o primeiro que lhe vem à cabeça, para provocar a reaçom da outra pessoa.

Passeia Antelo pola rua evitando multitudes e também passeia por dentro de si e do seu género espiritualmente nom-binário e do seu corpo geneticamente alcoolico. Passeia sabendo que se pode ser híbrido em muitas cousas como será o futuro da humanidade sempre híbrido, mas bem sabe ele que “ou se bebe, ou nom se bebe”, ou como dizia a amigha aquela, “nom se pode sorber e soprar à vez”.