Vinte e duas localidades galegas, do Rosal a Viveiro, de Betanços a Ourense, acolherám hoje mobilizaçons contra a violência patriarcal, que segue a deixar vítimas mortais neste ano que remata. A mais recente, o assassinato na Marinha de Rejane, de 42 anos, que leva à Marcha Mundial das Mulheres a organizar concentraçons de urgência, chamando a “combater frontalmente” o patriarcado e a pedir “medidas efetivas” aos governos contra o feminicídio.

Os dados falam por si sós: num ano como este, a Galiza assistiu apavorada a crimes de mulheres como os acontecidos no Barbança em março, na Corunha em agosto, no Morraço em outubro, em Chantada em novembro, e agora na Marinha há apenas uns dias. Parte dos autores das mortes tinham antecedentes por violência machista, e algumha destas mulheres faziam parte do sistema VioGen que controla as potenciais vítimas de agressons. Se incluirmos a Galiza no quadro do Estado espanhol, vemos que o nosso país representa umha percentagem dumha cifra que ascende a 46 assassinatos em 2024. Som, no total do Reino de Espanha, 1291 as mulheres assassinadas por homens desde 2003.

Marcha Mundial ativa protocolo de resposta

Como cada vez que a Galiza acorda comocionada por um assassinato machista, a Marcha Mundial das Mulheres ativa a sua rede para visibilizar nas ruas o confronto radical com o patriarcado. Nas suas redes sociais, numha lista ainda em atualizaçom, a MMM anuncia que decorrerám concentraçons nas sete principais cidades do País, às que se somam lugares tam diversos como Vila Garcia, Melide, Ribadeu, Ribeira, a Guarda ou a Gudinha. A MMM insiste, num manifesto ao que se pode aceder aqui, na total insuficiência das medidas institucionais: “um minuto de silêncio, isso é todo o que lhe importa ao governo as nossas vidas; cada vez que há um assassinato machista, os governos ponhem-se de perfil e fam rituais puramente estéticos.” Para o feminismo organizado, os poderes autonómicos e estatais nom parecem dispostos a abordar “um problema estrutural que nom vai desaparecer se nom se tomam medidas que vaiam ao fundo da questom”, e que passam pola “reeducaçom da sociedade.”