Em menos dum lustro de vida, o Espaço Clara Corbelhe mantém umha grande intensidade na sua oferta de iniciativas formativas, num espaço que atinge os movimentos sociais e o setor mais crítico da academia. Poucas semanas depois de celebrar a sua III Jornada de Estudo, o projeto anuncia a ediçom do número 4 da sua revista, com o título “Autodeterminaçom funcional. Poder e instituiçons aquém do Estado”.

Na sua curta mas completa caminhada, o projeto Clara Corbelhe tem oferecido importantes reflexons monográficas na sua revista, caraterizada por abrir espaço a vozes diversas -por vezes divergentes – arredor dum assunto central: assim, este projeto de pensamento crítico tem abordado o papel de Espanha na Galiza de onte, o papel da inteletualidade nas causas coletivas, o fenómeno do extrativismo e, nestes finais de 2024, o conceito central de autodeterminaçom. Num mundo em crise ambiental e geopolítica, onde a soberania dos Estados e as reclamaçons das naçons voltam à primeira linha da atualidade, diversos pensadores e pensadoras abordarám este assunto candente. As caseteiras, sócias colaboradoras da revista, receberám a publicaçom na sua morada, enquanto o resto de pessoas interessadas podem topá-la nas livrarias do país e nos centros sociais ao longo da nossa geografia.

III Jornada de Estudo, aberta ao grande público

No passado outubro, no Paço da Cultura de Ponte Vedra, decorreu a sessom formativa “Um novo Marx para a Galiza de hoje. Teorias, métodos, práxis”, que contou com especialistas no pensador alemao em diferentes ámbitos do pensamento e da luita. Assim, o materialismo marxista foi abordado e debatido desde a teoria do valor, a naçom e o género, a militáncia ou a propriedade e a vivenda. As pessoas interessadas podem aceder já online a várias das palestras da Jornada, como a conferência inaugural, e a palestra centrada no fetichismo, a naçom e o género.

Coleçom de ensaio crítico

De maneira paralela, o Espaço vem de anunciar a posta em andamento dumha nova iniciativa, umha coleçom de ensaio crítico galego lançada em parceria com a editorial Laiovento. O objectivo é dar a conhecer à comunidade leitora “livros que apresentem umha hipótese crítica inovadora e que a desenvolvam com as maiores concisom e claridade possíveis”, e como tal, o Espaço está aberto a contribuiçons de jovens autoras e autores com interesse de socializar as suas ideias. Como primeiro número da coleçom, vem de sair do prelo a obra “Terra a Nossa. Discurso e identidade agrária na Galiza moderna (1875-1936)”, obra de Antom Santos.