Marcos Garrido/
“O grupo de Tarnac era umha ficçom”. Assim concluíu a juiza francesa Corinne Goetzman, declarando inocentes Julien Coupat e Yildune Lévy, os dous militantes que ainda estavam acusados de “terrorismo” depois de dez anos de processo judicial. Todo um revés para a polícia francesa e para os chefes políticos da contrainsurgência, que empenharam neste caso toda a sua credibilidade e todos os seus meios.
O caso remonta-se a novembro de 2008, quando diversas linhas do Trem de Alta Velocidade que comunica França com Alemanha fôrom sabotadas, colocando ganchos nos cabos elétricos. A sabotagem, reivindicada num comunicado por ativistas alemaos, desencadeou umha operaçom policial contra umha comunidade militante de Tarnac, pequena vila francesa. Vinte pessoas fôrom detidas, com tremendo aparato mediático inflando o alarme social polo “terrorismo ultraesquerdista”. Cinco dos militantes fôrom enviados à cadeia preventivamente, onde permanecêrom seis meses antes de serem libertados com medidas cautelares.
Dez anos depois celebrou-se o juízo, onde se patenteou a fabricaçom da acusaçom por parte dos serviços policiais, que levavam anos a vigiar os membros da comunidade de Tarnac por causa da sua implicaçom nos movimentos contestatários franceses. A operaçom nom se culminou com sucesso para os chefes da repressom, entre outros motivos, pola grande vaga de solidariedade que recebêrom os acusados, que desde 2008 conseguírom articular um considerável movimento social à sua volta.
A página web lundi.am serve de espaço de expressom a este movimento.