A Mesa pola Normalización vem de fazer público ao longo desta semana mais um pronunciamento do Comité de Expertos do Conselho da Europa, que adverte contra o “incumprimento” das autoridades autonómicas do quadro que estabelece a Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritárias. A posiçom europeia viria ratificar as denúncias apresentadas pola Mesa contra a vulneraçom de direitos linguísticos na administraçom, o ensino ou a sanidade públicas.
As autoridades europeias pedem ao poder legislativo galego “cumprir todos os compromissos assumidos” na Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritárias, suscrita por todos os estados membros da UE.
Isto traduziria-se em “eliminar as limitaçons” que a direita espanhola impujo na CAG desde 2009 em matéria educativa, proibindo o uso do galego veicular no ensino das ciências; garantir também “o uso do galego nos centros sócio-sanitários”, e fazer possível que toda a cidadania poida relacionar-se com normalidade nas dependências locais da administraçom. A sugestom produze-se precisamente poucas semanas depois de um vizinho de Rianxo ser conduzido a juízo por pedir atençom em galego, e ativistas normalizadores ser denunciados por “injúrias”. Também depois de conhecer-se que funcionários da Seguridade Social em Lugo rejeitaram a atender na nossa língua a cidadaos, como informávamos no Galiza Livre.
Persistência contra o galego
A viragem da direita galego-espanhola cara posiçons supremacistas no idiomático vem consumando-se nos últimos 15 anos, desde a sua aproximaçom ao lobby Galicia Bilingue, logo rebaptizado como Hablemos Español. Em consonáncia com as teses que procuram a desapariçom silenciosa do idioma, e a negaçom de facto do plurilinguismo consagrado na Constituiçom espanhola, no dia de hoje o PP votava em contra da possibilidade do galego universalizar-se no Senado, onde até dia de hoje está restrito a certos usos e debates. A proposta, apresentada por vários grupos nacionalistas, entre eles o BNG, foi blocada pola maioria da representaçom da direita.