O falecimento do editor do grande meio da direita galego-espanhola deu lugar a umha proliferaçom incontrolada de apologias em diversos opinadores e inteletuais do Regime na Galiza, com ausência total de qualquer proposta crítica ou questionadora. O facto, ilustrativo do défice de pluralismo na dita imprensa “democrática”, propiciou que muitas vozes do galituiter chamaram a atençom sobre a enorme incidência dum dos grandes poderes fáticos da Galiza autonómica.

Neste chio sindical dava-se conta dumha das crónicas oficiais mais atrevidas sobre a pessoa falecida, um ator político de primeira orde especializado “na ameaça” e na coerçom mediática a quem se interpunha com os seus interesses privados e políticos.

A megalomania do que era a partes iguais um dirigente empresarial e mediático-político foi apontada neste chio.

A profusom de apologias com o patrom foi de tal dimensom que motivou muitos chios em chave humorística.

O poder do conglomerado de La Voz é tal que mesmo dirigentes do nacionalismo institucional nom renunciam a participar da apologia, superando o péssame de cortessia a umha pessoa, e louvando os seus alcanços mediáticos.

Ante esta visom superficial, apontavam-se outras mais profundas.

Umha boa parte das bases do nacionalismo, contra as que La Voz de Galicia sempre se empenhou informativamente, questionárom a posiçom da sua dirigente, como exemplifica este chio.

Com esta contundência se exprimiam outras vozes.

Outras contas reparavam no clássico e infalível método para a fusom do poder mediático e económico: a dependência económica dos meios dos governos, caso em que a Galiza é paradigma.

Esta conta independentista recordava um dos muitos serviços de La Voz ao poder do Estado, o de condenar arredistas galegos e galegas antes de estes passarem polos tribunais de excepçom espanhóis.

Outros perfis vincavam num dos aspectos menos atendidos, o grau de corrupçom que acompanha o funcionamento da imprensa híper-subvencionada.

Distintas vozes eram menos benevolentes com o trato real do nacionalismo institucional com La Voz de Galicia.

Em certos perfis chamava-se a atençom sobre o que supom, ética e laboralmente, alimentar como jornalistas umha maquinária tam hostil à Galiza como a de La Voz.

Algumhas reflexons apontavam outro elemento de imporáncia no projeto de hegemonia de La Voz, o papel dos seus opinadores e inteletuais.

Um dos inteletuais galegos que ficou fora dos coros de admiraçom ao grande patrom mediático, Suso de Toro, apontava esta informaçom.

A unanimidade dos profissionais da pluma com o seu patrom e valedor era interpretada aqui em chave satírica.

As relaçons do meio com a Faculdade de Jornalismo da USC, e a sua capacidade de condicionar muitos futuros laborais, estava presente nalguns chios.