Como informávamos neste portal na semana passada, está já todo pronto para as Assembleias Abertas Independentistas e a Mocidade pola Independência celebrarem as suas jornadas em defesa da Terra. Decorrem nos dias 16 e 17 de março em Covelo, na Serra do Suído, e nestes dias puidemos conhecer umha completa agenda que inclui debates sobre decrescimento, desobediência civil polo clima e defesa do território.

As jornadas terám como centro a Casa do Povo de Várzia de Mera, no concelho de Covelo, que acolherá palestras, mesas redondas e obradoiros. A jornada abrirá-a no sábado de manhá Manuel Casal Lodeiro, membro cofundador do colectivo Democracia Directa Digital e a Associaçom Véspera de Nada, que desde há três lustros difunde na Galiza as consequências do chamado ‘peak oil’ e da crise energética e civilizatória que este vai provocar.

Mao comum e defesa da Terra, a exame

Numhas jornadas que tenhem como legenda a defesa da Terra nom poderia faltar um dos baluartes históricos da nossa gestom do território, as comunidades de montes em mao comum. Das Assembleias Abertas e a MPI recordam que apesar da pressom por converter o interior da Galiza num “deserto verde”, “sobrevivem na Galiza 2800 comunidades de montes que gerem o 34% da propriedade florestal.” Representantes das comunidades vizinhais de montes em mao comum falarám da possibilidade de “alternativas de grande potência” nos usos do território que podem ser exploradas num futuro.

Na segunda das mesas redondas, já de tarde, representantes de Ecologistas em Acçom, a plataforma Plademar de Muros-Noia, a plataforma contra a Mina de Corcoesto e um representante da entidade portuguesa Unidos em Defesa das Covas do Barroso falarám de resistências populares à depredaçom em distintas comarcas, caracterizadas por opor interesses vizinhais a grandes projectos baseados no lucro.

Desobediência civil, umha visom prática

Mais umha vez, as organizaçons arredistas darám espaço nas suas jornadas formativas a activistas que ponhem como centro a justiça climática, apontando alguns dos grandes responsáveis da situaçom de risco colectivo na que nos adentramos, por causa da intensificaçom dos fenómenos climáticos extremos. A tarde do sábado fechará-se com um obradoiro de acçom desobediente nom violenta impartido por membros de Rebeliom ou Extinçom.

Porá-se ponto e final assi à parte formativa das jornadas, que terám também umha dimensom lúdica com umha ceia de irmandade, e um roteiro polo Suído na manhá do domingo.