Por Ana Macinheira /

No passado 8 de março, convocado polas mulheres zapatistas no Caracol “Remuinho das nossas palavras“ (Morelia, Chiapas), celebrou-se o « Primeiro Encontro Internacional Político, Artístico, Desportivo e Cultural de Mulheres que luitam ». Namentres em outros pontos do mundo as mulheres participavam do I Paro Internacional Feminista, com grande sucesso, milhares, chegadas dende distintos países de aquí e acolá acudiam ao chamado das companheiras zapatistas.

O encontro durou três días e participaron mais de 5000 mulheres, “chegadas dos cinco continentes topamo-nos para celebrar a nossa diversidade, compartilhar as nossas luitas e resistências e também as nossas dores, buscando sandá-los comunitariamente, em diálogo entre nós e com as mulheres zapatistas que nos acolherom”, relata Maria Landi, umha das participantes.

Palestras, projecçons, teatro, partidos de futebol, obradoiros, actuaçons musicais, conversas e até um mural colectivo. Fôrom três intensos dias carregados de atividades simultáneas. O primeiro deles foi o escolhido para apresentar o movimiento zapatista “nom só o capitalismo é o que nos quer destruir, senom que também temos que luitar contra o patriarcado” diziam no seu discurso de apertura, e engadiam “Quiçá quando rematar o encontro, quando voltarem aos seus mundos, aos seus tempos, alguem lhes pergunte se tirárom algum acordo. Porque eran muitos pensamentos diferentes os que chegárom nestas terras zapatistas. Quiçá entom vocês responderem que nom. Ou quizais respondam que si, que si fixemos um acordo. E quiçá quando lhes perguntarem qual foi o acordo, vocês digam acordamos viver, e como para nós viver é luitar, pois acordamos luitar cada quem segum o seu jeito, o seu lugar e o seu tempo”