Um video viral de Manuel Gago pujo de destaque em dias passados a pervivência de associaçons arcaicas da Galiza com um mundo rural já minoritário. A intervençom propiciou umha frutífera controvérsia que deu pé a distintos pontos de vista sobre o peso que o mundo labrego deve ter na nossa identidade nacional. Oferecemos umha pequena escolma.

Manuel Gago, umha das figuras de maior alcanço da cultura galega no mundo virtual, iniciou a controvérsia, ao assinalar a pervivência dumha identidade galega congelada que distancia a nossa naçom das novas geraçons.

O video foi viral, e muitos opinadores ratificárom a tese de Gago, apostando na necessidade de actualizar e urbanizar a imagem da cultura galega.

Do mundo da docência, e dumha perspectiva independentista, este outro perfil ratificava que a imagem anacrónica, congelada e por vezes desprezativa reina nas faixas etárias da adolescência.

Desde a experiência pessoal, algumhas vozes sulinhárom que o conhecimento da Galiza urbana há trinta anos foi um incentivo para a valorizaçom do país em comarcas do interior e ainda muito rurais.

Neste completo fio, pom-se em causa a sobre-representaçom do rural na cultura galega, e questiona-se a vontade galeguizadora do mundo urbano que se diz ‘marginalizado’ nas representaçons intelectuais galegas.

Cascarelo sintetizava a sua posiçom entendendo que a base rural da identidade galega pode ser umha condiçom magnífica para formar umha identidade moderna baseada no amor à terra e na ciência, fugindo do modelo urbano ortodoxo.

Em outros perfis criadores de opiniom do galeguismo, chamava-se a superar dumha vez por todas a cessura rural-urbano e o antagonismo entre duas Galizas.

Outras opinions apontavam que, além do imaginário, a realidade sociológica do país nom permite falar já de ‘classe labrega’ como se falou historicamente no galeguismo.

Numha perspectiva oposta, punha-se em causa que existisse umha Galiza estritamente urbana fora do caso de Vigo, pois a maioria das cidades galegas ainda estám empapadas de rural.