Recebim recentemente a tua carta de finais de junho, onde tocavas várias questons, começando pola preocupante extensom social do sofrimento emocional e a necessidade de atençom psicológica. Certamente, é um problema dumha magnitude que nem os próprios poderes públicos atenuam, e já anunciam plans de contençom, devido a essas escassa capacidade que tem o sistema sanitário público para abordar a demanda massiva. Sem reduzir nem desvalorar esta funçom terapêutica a nível pessoal, a análise também é pertinente a nível macro porque a pessoa sente e vive num contexto político-económico que condiciona todas as suas experiências e expectativas. A existência acelerada, irreflexiva, e o papel de simples produtor-precário-consumidor compulsivo que fomenta o capitalismo global, gera este modelo de interaçom social caraterizado pola ansiedade e a inseguridade. A gente nom vive conscientemente, nessa rotina hiperacelerada coa única evasom possível do consumo massivo, trabalham para devolver o pouco que obtenhem pola venda da sua força de trabalho, consumindo o que o mesmo sistema ofrece como moda em contínua reformulaçom – a insatisfaçom tem que ser grande quando alguém se para a pensar em que emprega a vida. Assi, a dinâmica é cada vez mais veloz, para impedir o pensamento crítico: trabalho desregulado, compras no escasso tempo livre, controlo absoluto para saber que necessita, lhe preocupa ou interessa a esse precário-consumidor e já está, que siga consumindo para fugir do desgosto vital. A dor desborda em forma de patologia ou sofrimento emocional como é lógico. O ser humano é outra cousa mais que um número e um recurso que o capitalismo domina e chucha até secá-lo como ser sofrinte. Extrair riqueza de onde for, até das necessidades mais íntimas de cada sujeito, esse é o projeto que impom este modelo de exploraçom integral, da mao da tecnologia.

A gente nom vive conscientemente, nessa rotina hiperacelerada coa única evasom possível do consumo massivo, trabalham para devolver o pouco que obtenhem pola venda da sua força de trabalho, consumindo o que o mesmo sistema ofrece como moda em contínua reformulaçom – a insatisfaçom tem que ser grande quando alguém se para a pensar em que emprega a vida. Assi, a dinâmica é cada vez mais veloz, para impedir o pensamento crítico: trabalho desregulado, compras no escasso tempo livre, controlo absoluto para saber que necessita, lhe preocupa ou interessa a esse precário-consumidor e já está, que siga consumindo para fugir do desgosto vital.

Compre estabelecer formas de relacionar-nos mais sás, sustidas na interaçom pessoal, no apoio mútuo e a confiança, porque a gente segue necessitando estar com outras pessoas de carne e osso. Sentir-se parte de algo compartido e intervir mao a mao, coido que a nossa experiência resistente, também pode aportar na vida doméstica, nom só na intervençom sócio-política. Valores como a generosidade, o compromisso honesto, a valentia, a disciplina, o honor e a retitude pessoal, som ingredientes úteis para enfrentar umha situaçom complexa e construir umhas redes pessoais fortes que nos permitam sobreviver mais satisfatoriamente, nesta sociedade que se sente tam soa, devemos cultivar esse trato sincero, solidário e fiel que forjou a nossa militância. O melhor que podemos ofrecer à sociedade é essa tradiçom militante como exemplo.

Extrato dumha carta de Eduardo Vigo Dominguez desde a prisom de A Lama (Pontevedra), quem leva mais de 11 anos preso pola sua luita independentista. Ele, junto Roberto Rodríguez Fialhega “Teto”, preso em Teixeiro, som as duas pessoas que maior condena de prisom ininterrompida estam a pagar na história do nacionalismo galego (incluída a êpoca do franquismo).

Eduardo Vigo Dominguez leva mais de 11 anos preso pola sua luita independentista. Ele, junto Roberto Rodríguez Fialhega “Teto”, preso em Teixeiro, som as duas pessoas que maior condena de prisom ininterrompida estam a pagar na história do nacionalismo galego