Convocada polas Assembleias Abertas Independentistas, ontem decorria na vila da Guarda, no Baixo Minho, umha nova ediçom do Dia da Galiza Combatente, que desta volta serviu para lembrar e reivindicar a figura da nacionalista Maria das Auroras, e com ela a das demais guardesas e guardeses represaliados após a sublevaçom militar e fascista de 1936.

As atividades arredistas começárom com um roteiro centrado, como dizíamos, na lembrança das pessoas que sofrêrom a repressom franquista na zona da Guarda, com destaque para a figura homenageada, Maria das Auroras. Deste jeito, o roteiro, guiado por pessoas comprometidas com a recuperaçom da memória popular, detivo-se em pontos como o cemitério da vila e a própria casa de Maria Concepçom Álvares. No cemitério, ante o monólito que lembra as pessoas retaliadas, foi realizada umha oferta floral, enquanto na casa de Maria das Auroras a militáncia independentista colocou um cartaz de grandes dimensons com a efígie da homenageada e a legenda da convocatória: “Ecos de umha coragem indómita”.

O roteiro finalizou no peirao, onde fôrom lançados ao mar cravos em lembrança das e dos represaliados e também foi despregada umha bandeira nacional de grandes dimensons. Ali, em representaçom das Assembleias Abertas Independentistas, Joám Bagaria dirigiu-se às pessoas participantes no ato num discurso onde reivindicou a necessidade de “combater a invisibilizaçom” sofrida polas mulheres luitadoras que padecêrom em grande medida a repressom, o escárnio público, o exílio ou diretamente o assassinato a maos do fascismo e que, a olhos da organizaçom arredista, ficárom “relegadas à posiçom secular de vítimas apolíticas”. Mulheres como Maria das Auroras, mas também outras como Concha Andrés, Manuela Baz, Josefa Garcia Segret ou Ángela Igrejas Rebolhar.

Aliás, lembrando umha das facetas militantes de Maria das Auroras, a da solidariedade ativa com outras pessoas represaliadas durante os anos mais escuros da ditadura, das Assembleias Abertas quigérom ressaltar a necessidade destes “exemplos de solidariedade sem limites” e de “tecer redes comunitárias”, como ferramentas essenciais na luita política de hoje.

O Dia da Galiza Combatente continuou posteriormente com um jantar e outras atividades de convívio no Centro Social Fuscalho.

Por parte das AAI avaliou-se positivamente a ediçom deste ano da Galiza Combatente, achando que a jornada arredista tivera umha boa acolhida na Guarda, contando com a participaçom de vizinhas e vizinhos, apesar de ser a primeira vez que este ato, um dos mais assinalados no ámbito do independentismo, tinha lugar nesta vila.

Ficou assim estabelecido um novo elo dessa memória da insubmissom galega que desde as Assembleias Abertas Independentistas se salientou como fio condutor das convocatórias da Galiza Combatente. As pessoas interessadas em afundar no trabalho de recuperaçom da memória histórica realizado nesta ocasiom polas AAI podem fazê-lo consultando online o caderninho de informaçom que estas editárom.