Como informávamos neste portal na semana passada, a memória antifascista galega está a ganhar peso, e a sua força, através dos movimentos sociais, mostra-se especialmente cada verao. A celebraçom do Dia da Galiza Mártir, como nom podia ser de outro modo, deixou-se sentir nas redes sociais, nomeadamente no Twitter.

Assim contava o que aconteceu no próprio dia, na emblemática Caeira, onde cairam executados Alexandre Bóveda e Vítor Casas, o Nós Diario.

Também o digital Praza Pública se fazia eco da jornada, à que assistírom, com maior ou menor sinceridade, representantes de todos os partidos políticos, incluída a direita espanhola directamente herdeira da ditadura.

A cita nom se deixou passar também nalguns concelhos, como aconteceu em Ribeira.

A associaçom que leva o nome de Alexandre Bóveda, veterana do associativismo galego, resgatava esta cita de Castelao para comemorar o dia.

O independentismo nom deixava passar a data e vindicava-a com esta cita clássica nas suas redes sociais.

A conta Orgullo Galego, confirmando que a lembrança de Bóveda é a lembrança de todas e todos, resgatava a memória de Juana Capdevielle, que apareceu assassinada em Rábade. A todas as horríveis violências padecidas, a mulher rebelde padeceu ainda em 1936 a violência sexual.

A mesma conta vindicava umha outra figura capital para o nacionalismo, o alcalde executado da nossa capital histórica.

Como umha mostra mais do alcanço social da data, podemos salientar que mesmo clubes desportivos recordam a efeméride, como acontece com a Uniom Desportiva Ourense.

Em chave irónica, esta conta denunciava o discurso oco sobre a data do representante do PP, ainda frio e incomovível ante o conhecimento do genocídio.

O feito de que todo o leque político institucional adira ao acto demonstra, em certa medida, a legitimidade e amplitude social das teses que popularizárom Castelao e a Irmandade Galega no exílio. Este chio sublinhava que, pola primeira vez, todas as instituiçons galegas lembravam a Bóveda.

Num plano analítico, Manuel Veiga recordava que nem Bóveda nem milhares de vítimas galegas vivêrom umha guerra, mas um genocídio consumado por roubo.

Nom faltárom palavras contundentes de Amalia Bóveda, filha do dirigente nacionalista, ao pedir mais trabalho pola Galiza em factos, e nom apenas em palavras.

Dumha posiçom nacionalista contundente, esta conta denunciava a toleráncia de cargos públicos nacionalistas com veleidades culturais espanholas, lembrando de passagem a figura de Bóveda.

O dirigente Martiño Noriega recuperava nesta ocasiom um importante documento pessoal de Bóveda horas antes do seu assassinato, a carta que enviava à sua mulher.

Por seu turno, Carlos Callón, especialista na história da perseguiçom do nosso idioma, recordava que o ódio contra o político nacionalista foi aliás umha mostra de ódio ao nosso idioma, como se provou no juízo farsa celebrado.