Como informávamos há umhas semanas, o 17 de maio será, mais umha vez, cenário da reivindicaçom idiomática, neste caso descentralizada, de mao da plataforma Queremos galego! Mas nom só, pois os movimentos de base, nomeadamente os centros sociais, as escolas Semente e Porque me peta!, e muitas entidades locais preparam várias jornadas pola língua que demonstram que a causa do idioma está mais viva que nunca.
Para além dos actos que decorrerám nos principais núcleos urbanos do País, os centros sociais galegos, na tónica das últimas duas décadas, oferecem à sociedade umha combinaçom de lazer e luita, com umha ampla variedade de actos de rua, concertos, palestras, e outros eventos culturais.
Ponte Vedra: formaçom, vindicaçom e lazer
Quiçá umha das agendas mais completas vem de mao do CS A Pedreira, recém aberto na cidade do Leres. Em colaboraçom com o Departamento de Normalizaçom Linguística do concelho, A Pedreira argalhou actos durante várias semanas, que terám a sua culminaçom no vindouro sábado. Desde inícios deste mês, o local social acolheu palestras sobre a imersom linguística de mao de Santiago Quiroga, ou mesas redondas sobre o galego nas redes sociais, como Sara Seco, Nee Barros e Orgulho Galego, ou sobre o reintegracionismo com a participaçom de activistas como Sechu Sende e Teresa Carro. Na terça feira 16, umha rondalha pola língua percorrerá a vila desde a Praça da Peregrina; lá, as assistentes dirigirám-se para o centro social, onde assistirám ao monólogo de Atenea García, e ao posterior concerto de Três pés para um Suso e O Sonoro Maxín.
Compostela: umha cita já clássica com a língua
Por dezanove anos consecutivos, a veterana associaçom Gentalha do Pichel organiza a sua “Festa do dezassete que se celebra o 13”; com o contexto de fundo do espólio energético e das privatizaçons, o colectivo compostelano quijo vincular defesa da terra com defesa da língua, e a jornada começará no dia de hoje com umha palestra moderada pola jornalista Belén Regueira, e na que participarám representantes dos sectores da sanidade, a vizinhança atingida polos eólicos, ou a CRTVG. O sábado 13, decorrerám jogos populares para todas as idades, foliada e dança de rua, e um jantar popular; a jornada culminará à noite com um concerto de Flow do Toxo, O sonoro maxín, DJ Russ e MJ Pérez.
Trasancos: actos da Fundaçom Artábria
O decano dos centros sociais galegos, Artábria, escolheu o próprio 17 para a celebraçom dos seus eventos, e aproveitará o dia também para secundar como entidade a concentraçom de Queremos galego! Um passa ruas pola língua levará as manifestantes ao acto da plataforma nacional, após o qual se celebrará umha foliada-sessom vermu e um jantar popular; a jornada culmina com um concerto do grupo Brixta.
Ourense: centros sociais e iniciativas polo ensino
Será o surleste galego o que tenha umha maior concentraçom de actividades organizadas polo movimento popular: no sábado 13, o centro social A Galleira convoca umha sessom de contacontos e um jantar vegano, que se complementa com feira de colectivos; dado que a motivaçom da convocatória é a defesa da terra e da língua, celebrará-se um Feirom Agroecológico e diversos colectivos terám ao seu dispor um micro aberto. Haverá também foliada, um contacontos de Inma Soto, e um jantar popular vegano. Nas instalaçons do centro social porám os seus postos de material colectivos diversos como o Sindicato Labrego Galego, Marcha Mundial das Mulheres, Stop Eólicos Xurés-Cela Nova, MPI, Que voltem para a casa!, as escolas Semente, ou o projecto Por que me peta! A jornada rematará no café Pueblo com um concerto do grupo Crise e maldizer.
Os actos das letras rematarám em comarcas ourensanas o dia 20, com umha completa jornada programada polas Escolas Semente e o Porque me peta!, com a colaboraçom do local A Arca da Noe de Vilar de Santos, no que constitui umha homenagem às crianças galego-falantes e a Adela Figueroa, umha histórica defensora da língua e da terra. Cé Orquestra Pantasma, Lucia Cedrón, Os Lubicáns e Dueto Brasil amenizarám musicalmente o dia; haverá jogos cooperativos, e intervençom de Sechu Sende e Miguel R. Carnota, que assinará o seu livro “Língua, poder e adolescência”.
Montanhas orientais: versos em defesa do galego
No leste do País, e mais concretamente na montanha, o Dia das Letras também vai ser comemorado polo movimento de base. Nesta ocasiom o acto decorrerá na tardinha do 16, a iniciativa da associaçom Rente ao Couce e da Libraría de Chus de Bezerreá. No que supom, polas suas próprias palavras, umha vindicaçom das e dos “poetas galegas da montanha”, o acto pretende reivindicar a riqueza cultural desta zona do país, ponhendo em relaçom os seus criadores com a defesa do galego. A partir das 8,30 do serao, na Praça da Fonte dos Canhos, recitarám Nieves Neira, Brenda Mondelo, Xesús Trashorras, Toño Núñez, Suso de Merelas, Eva do Roxo, Sabino García, e com acompanhamento musical, como duo Clo Plas, Xiana Arias e Berio Molina.