No passado ano, um informe mais bem alarmante do Instituto Nacional de Estatística confirmava o debalar de usos do idioma próprio, e alimentava na sociedade e nas redes um debate mui acendido. Os dados apontados pola entidade espanhola situavam já o galego como língua minoritária na nossa sociedade, se bem que certos sectores renunciavam a alimentar umha visom que consideravam ‘catastrofista’. No ronsel desta controvérsia, distintas organizaçons apostam por manter na rua e nas redes a tensom em favor da normalizaçom da língua galega.

Assembleias Abertas Independentistas polo direito das galegofalantes

Na passada semana, as Assembleias Abertas Independentistas faziam pública umha campanha de denúncia de “todas aquelas empresas e instituiçons que marginalizam o idioma galego.” Ponhendo o acento nas muitas estruturas do mundo empresarial que desconsideram a língua, ou que mesmo impedem utilizá-lo de cara ao público aos seus trabalhadores e trabalhadoras, as Assembleias chamam a assinalar a vulneraçom de direitos com cartazes e colantes que assinalam estes abusos.

Para além dum manifesto a nível nacional que chama, a um tempo que se parabeniza as empresas e instituiçons que defendem o galego, a assinalar as responsáveis das agressons, a organizaçom começou a sua intervençom nos julgados de Lugo: lá, diante dos prédios da Audiência Provincial e dos julgados da cidade, umha colada chamava as galegofalantes a “fazer valer os seus direitos”, salientando aliás que nestes julgados se tem negado mesmo o direito de cidadaos a receberem as suas sentenças no idioma do País.

Galiza Nova envolve à mocidade pola língua

Por seu turno, a organizaçom juvenil do BNG, Galiza Nova, lançou já no passado verao umha campanha motivadora para o sector mais desgaleguizado do País, a mocidade. Com a legenda “O galego vai contigo”, a organizaçom fornecia à juventude dados que desglossavam um processo de substituiçom lingüística especialmente duro no mundo urbano, e que fai confluir novos e velhos prejuízos sobre as categorias das línguas, o ascenso social ou a integraçom nos entornos de iguais.

Entre os vários aspectos chamativos da campanha, um deles é a utilizaçom da versom internacional do nosso idioma, explicando aliás à mocidade as vantagens que teria para o galego a sua inserçom definitiva no tronco internacional do galego-português.

Procurando a proactividade, Galiza Nova deu voz a dúzias de moças e moços que explicavam a sua vivência do conflito e as razons do seu compromisso polo idioma em formato audiovisual, além de convocar um concurso em TikTok, “Novas ferramentas para construir comunidade”, na que se premiárom, no passado outubro, peças de um minutos que reflectiam sobre a situaçom lingüística do País.

Optimismo e pessimismo

Campanhas como estas parecem ser iniciativas modestas num processo de desgaleguizaçom acelerado e que conta com um importante reforço dos grandes poderes estatais e institucionais espanhóis mas, como analisava este portal no seu editorial há dous meses, som mostras significativas dum movimento social muito experiente que tem aberto horizontes de oportunidade para a língua em momentos tam críticos como o que agora vivemos. Polo que, em certa medida, apenas estamos a viver mais umha batalha dum conflito secular em que o galego conseguiu seguir presente como grande emblema da nossa identidade.