Ana Belén Montes é umha cidadá portorriquenha que lavrara a sua carreira profissional trabalhando para os serviços de inteligência dos Estados Unidos; em setembro de 2001, na sequência da histeria securitária que acordaram os ataques as Torres Gémeas, fora detida sob acusaçom de ‘conspiraçom para cometer espionagem’ a favor do governo cubano. Após mais de duas décadas de reclusom em condiçons muito duras, voltou à rua nesta semana.
Montes foi condenada no ano 2002, pouco depois da sua detençom, por entregar ao governo cubano informaçom que lhe permitira conhecer os planos de agressom norte-americanos contra a ilha. Montes, num gesto de afouteza, chegou a declarar-se culpável dos cargos que se apresentavam contra ela, mesmo correndo o risco de pena de morte. Finalmente, a condena foi de 25 anos, logo de chegar a um acordo com a fiscalia.
Da Alemanha à causa de Cuba
A biografia de Ana Belén Montes nom é convencional: é filha dum psiquiatra militar estadunidense e nasceu na Alemanha dos anos 50, em plena guerra fria; as suas raízes familiares afincam em Porto Rico. Formada na Europa, deslocou-se aos Estados Unidos sendo bem nova, conseguindo umha mestria na Escola de Estudos Internacionais Avançados na Universidade John Hopkins. O seu berço nom se localiza apenas nas elites do Estado, senom também em coordenadas muito conservadoras: a sua irmá Lucy fora condecorada polo FBI por contribuir à condena dos cinco cubanos condenados em 2001 por espionagem (os chamados ‘cinco heróis’), e um outro irmao seu trabalha também para a polícia federal.
Ana Belén começou trabalhando para a DIA, órgao de inteligência militar principal dos USA e nom demorou em se especializar em assuntos cubanos. Porém, no seu interior as conviçons eram outras, como manifestou diante dum tribunal de Washington DC em outubro de 2002.
Um discurso transgressor
Em sede judicial, Ana Belén manifestou que ‘existe um provérbio italiano que quiça seja o que descreve da melhor forma aquilo no que eu acredito. Todo o Mundo é um só país. Nesse ‘país mundial’, o princípio de amar ao próximo tanto como se ama um mesmo resulta umha guia essencial para as relaçons harmoniosas entre todos os nossos países vizinhos.
Este princípio implica toleráncia e entendimento para as diferentes formas e agir dos outros. Exige que tratemos a outras naçons na forma em que desejamos ser tratados, com respeito e consideraçom. É um princípio quem, malfadadamente, considero que nunca temos aplicado a Cuba.
Honorável, envolvim-me na actividade que me trouxo ante você porque obedecim a minha consciência mais do que obedecer a lei. Considero que a política do nosso governo cara Cuba é cruel e injusta, fundamente inamistosa, e considerei-me moralmente na obriga de ajudar a ilha a se defender dos nossos esforços de impor nela os nossos valores e o nosso sistema político.’
Volta à liberdade
Ana Belén Montes vem de abandonar nesta semana as instalaçons da prisom Centro Médico Federal Carswell, em Forth Worth, em Texas. A cadeia está focada em oferecer serviços médicos e de saúde mental a mulheres reclusas, e nela Montes cumpriu mais de duas décadas de vida em reclusom, afrontando mesmo um cancro.
Em declaraçons a ‘Cuba Debate’, manifestou a sua vontade de viver umha vida privada e tranquila em Porto Rico e chamou a ‘que os que desejam focar o meu interesse em mim, foquem em troca temas importantes’, em referência ‘aos sérios problemas que enfrenta o povo portorriquenho, o embargo dos USA cara Cuba, ou a necessidade de cooperaçom global que detiver e dê marcha atrás a nossa destruçom do meio ambiente.’