Os assuntos chineses começam já a ser mundiais, dada a dimensom internacional desta potência; e portanto, actuam na Galiza, por exemplo provocando debates na esquerda independentista. Umha parte desta corrente entende o caminho chinês como umha mostra dum novo socialismo, enquanto outra o denuncia como um capitalismo autoritário camuflado. O passado congresso do Partido Comunista Chinês activou ainda mais umha controvérsia que, sem dúvida, marcará os anos vindouros com crescente intensidade.
Na linha oficial do Estado chinês, esta agência exprimia, em galego-português, um certo nível de auto-crítica, mas mantendo a confiança em que umha forte identidade marxista ia blocar as influências do hedonismo, o culto ao dinheiro, e o peso da empresa privada no gigante asiático.
Este fio galego entende que as passadas decisons do Congresso suponhem umha certa volta às essências maoístas, após a entrada massiva de capitais privados na China desde os anos 80.
A renovaçom das resonsabilidades no partido, dada a história de purgas e cismas polo poder nas direcçons das grandes burocracias, forem capitalistas ou socialistas, suscitava dúvidas em algum dos fios da semana.
Outras vozes afirmam que a China está a combater a corrupçom e que se envolve numha dinámica de mudança de líderes, evitando o mandato de pessoas avelhentadas e sem capacidade de direcçom.
Nom é infrequente tampouco escuitar vozes que alertam contra a tentaçom de averiguar o que acontece na China sem acesso a informaçom fiável.
Em posiçons arredistas e mais à esquerda, outras vozes apontavam que o PCCh reconhece como um dos seus objectivos a promoçom do investimento global e do capitalismo sem fronteiras.
Com a expressom ‘falsos amigos’, outro perfil assinalava ironicamente a pouca vontade de parte da esquerda pro-chinesa na hora de se deslindar de políticas autoritárias.
Na mesma conta rechiava-se umha outra referência a Hobsbawm, historiador británico que quijo fazer umha crítica ‘da razom de esquerdas’ contra a ‘emoçom de esquerdas’, enfrentando-se com parte do movimento ao que pertencera.