Nesta segunda entrega sobre o caso irlandês pararemos na etapa posterior a criaçom do Estado Livre Irlandês (1923). O território irlandês que é reconhecido como entidade independente por parte Britânica e a Comunidade Internacional e que em 1933 proclama a República e remata com a monarquia britânica no seu território. Aqui neste território também conhecido coma South Ireland/Twenty Six Counties começa umha etapa comvulsa onde os sectores mais possibilistas do Movimento Repúblicano que tenhem coma figura sobranceira a Michael Collins(o partido político herdeiro desta tradiçom é o Fine Gael) pata com o Reino Unido um tratado de paz que “vende” unha parte importante do território, a populaçom irlandesa, a economia produtiva. Dezenas de milheiros de patriotas e famílias em troco da paz e a unha “soberania relativa”que reconhece o monarca britânico coma soberano do novo Estado Livre. Este Estado tem umhas base, além do dito, fortemente intervida polo velha metrópole que a usa como fonte de matérias primas baratas (agrarios, florestais,marítimos….) e coma fonte de mao de obra nom especializada sem nenhum ciclo produtivo fechado no próprio estado e com toda a indústria de transformaçom, manufatureira e de enclave no território nom independente do Reino Unido é dizer /North IrelandSix Cointeis…

O território do Estado Livre Irlandês é um território rural subdesenvolvido, com unha agricultura nom mecanizada e que envia milhons e milhons de compatriotas em barcos para a metrópole e as suas colónias/domínios (as colónias de povoamento e migraçom, as outras: A Índia, as de África, as Caraíbas denominan-se colónias de exploraçom): Canadá, Sudáfrica, Austrália, New Zeland… Tambem para outro país de base cultural britânica, mas que nom é parte dos seus domínios, USA como refugio da diáspora irlandesa e de milheiros de republicanos fugidos que acabam tendo ali um forte poder económico político que servirá como grupo de pressom internacional em favor dos interesses irlandeses e como capital económico para o desenvolvimento autocentrado com a paulatina criaçom de ciclos econômicos fechados na República, diversificaçom económica anos depois da temperá e condicionada independência formal.

De fato, os primeiros anos do Estado Livre Irlandês som de caos, guerra civil e amargas feridas entre aqueles que com Michael Collins assinam o tratado de paz e que representam os interesses da grande burguesia mais vinculada a metrópole e a exportaçom de matérias primas a Grande Bretanha e as suas fábricas e os que nom aceitam esse tratado por motivos honestos ou nalguns casos de oportunidade e cálculo político. Estes tenhem como figura política destacada a Eamon de Valera e rematáromm mormente no partido que representa a outra tradiçom política derivada e constitutiva da luita e fundaçom da República, o Fianna Fail. Um partido populista representante da burguesia mais nacionalista que depois dumha amarga guerra civil, em que foram derrotados e posteriormente indultados e amnistiados no primeiro governo de Eamon de Valera e o Fianna Fail de 1932. Um ano antes da proclamaçom da República. Durante os governos do Fianna Fail desenvolveria-se até certo ponto parte dum programa anti imperialista e centrado na própria República que há entrega as terras dos antigos proprietários de ascendência britânica às comunidades rurais irlandesas.

Na parte norte do Eire, a cousa foi muito pior na realidade instituída de opressom dumha minoria empobrecida, degradada e minorizada, a católica nacionalista, por parte dumha maioria artificial. Umha maioria fortalecida polos antigos funcionários britânicos que mais sobresaíram no antigo território do Estado Livre/ República pola sua colaboraçom com antigos proprietários de terras de origem britânicos e seus trabalhadores de mais confiança na perseguiçom e repressom dos patriotas que escapavam para o norte.

North/Six Counties Ireland foi fundada no 1921 coma um Estado etno-comunitario que rejeitava visceralmente todo aquele que na tradiçom do Eire prévio reclamasse um país soberano e dono de si. Qualquer mostra de empatia a esta ideia era brutalmente eliminada ou marginada mesmo a própria populaçom protestante dissidente ou nom sectária era forçada a submeter-se ou migrar. A populaçom católica nacionalista, mui minorizada pola marcha de muita classe média para a República ou a migraçom, ficou reduzida mormente a um sub-proletariado marginal; na maioria dos casos sem emprego fixo e sem expecializaçom. Os postos de trabalho nos estaleiros de Belfast, nas fábricas, na administraçom e os de polícias e militares nos corpos específicos recaíam em protestantes. O voto era censitário e só podiam votar os maiores de idade e cônjuges, proprietários das suas vivendas e que pagassem impostos por elas ou tiverem um posto de trabalho fixo e nom possuirem dividas. Minorizada no censo e na representaçom política, a populaçom católica também era vítima do gerrynadoring (manipulaçom dos distritos eleitorais para garantir sempre umha maioria unionista). Toda esta situaçom de brutalidade e de violência institucionalizada contra o dissidente duraria uns 30 anos até mediados dos 60. Sem unha oposiçom e contra poder que paulatinamente se articulará a partir dos 65 pola reclamaçom de direitos (e paulatina conquista deles) e autorganizaçom de base dos seitores excluídos da populaçom católica, mui expecialmente a dos sluns (bairros populares urbanos) de Belfast,Ferro,Armagh do que falaremos a próxima semana.