Depois de mais de quatro meses de guerra, as sançons dos países da Aliança Atlântica à Federaçom Russa estám a ter efeitos nefastos para os países da Uniom Europeia. As medidas tomadas pola EU tivérom consequências contrárias às pretendidas. A EU calibrou mal as suas forças e as sançons estám a virar-se na sua contra. Como resultado, o balance comercial alemá é negativo por primeira vez nas últimas três décadas, pois sem o gás natural barato que chegava da Rússia a indústria germana, abala. A locomotora da economia da EU fraqueia, e trás dela vam o resto dos países europeus. Nesta conjuntura de escaseza de gás, os EUA lançarom-se a vender o seu gás natural liquefeito atingindo cifras máximas.
A consequência última de todo isto é a crescente debilidade do euro fronte ao dólar estadunidense, que por primeira em vinte anos, tem um valor inferior à moeda americana. Esta semana o euro chegou a cotizar a 0,995 dólares enquanto no inicio da guerra cotizava por riba dos 1,140 dólares.
Ter um euro débil vai implicar necessariamente umha inflaçom alta em todos os países da UE, pois será mais caro importar a energia e as matérias primas que Europa necessita para manter a sua atividade econômica. Augura-se umha grande crise econômica.
Umha nova era protecionista
A Europa nom dispóm da quantidade necessária de recursos naturais para o correto desenvolvimento da sua economia. Foi sempre fortemente importadora de recursos. Agora, ante os tempos incertos que se vivem, numerosos países exportadores de energia e matérias primas estám a limitar as suas exportaçons para garantir o consumo interno. Austrália paralisou as exportaçom de carvom, Rússia as de aço e de cereais, Índia as de trigo, China as de carvom e gasolina, e um largo etcetera.
Se ao feito de ter umha divisa debilitada, se lhe soma esta tendência de implementaçom de medidas protecionistas nos países exportadores de energia e matérias primas, pode resultar umha situaçom de enorme insegurança para a Europa. É possível que num futuro próximo de escassez, ninguém queira vendernnos o que precisamos.