No bairro das Cancelas, na cidade picheleira, podemos encontrar um pequeno mas grande espaço sócio-cultural. Chama a atençom a chamativa cor amarela da porta estilo garagem, e, umha vez dentro, o coidado e o meticulosa decoragem do local, com a sua pequena cozinha, sala de estar e zona de atividades. Trata-se da Casa Comunitária Aluandê.

De galizalivre.com queremos saudar e dar a conhecer um pouco mais este projeto dinámico e reivindicativo que forma parte dessa Galiza insubmissa que sonhamos.

Aluandê define-se como “espaço afrocéntrico e antirracista”, que “ reconhece e celebra o transgenerismo e as trascentralidades”, com o objetivo, entre outros de “acolher e tecer o saber, a política e a vida com troncos que venhem de diferentes territórios para a Galiza”. Nele, é regular a prática de diferentes disciplinas como a capoeira angola, pilates ou biodanza. Durante datas presentes estám a acolher a Escola e os Encontros antirracistas dos que já nos figemos eco noutra ocasom.

Fai uns dias a escritora e ativista Vicky Campoamor ofrecia neste mesmo espaço a parte presencial do seu obradoiro “Afrofeminismo: entre a teoría e a prática”. Ponhendo em valor o pensamento de distintas pensadoras militantes ao longo da história, reflexionamos sobre o dualismo do conhecemento ocidental, os corpos políticos, dominaçons, poder, escravitude…

“As ferramentas do amo nunca desmantelarám a casa do amo” (Audre Lorde). Era umha das primeiras citas com as que Vicky expunha os seus conhecimentos em história, psicologia, saude, política… Sermos conscientes de como funciona o poder, de que, em palavras dela, “se simplificamos muito o discurso perdemos cores”, poder mirar-nos aos olhos construindo desde as nossas diferenças… é, entre outras cousas, a utilidade da Casa comunitária Aluandê.