A fortaleza de Vila Joám (Vilaxoán), também conhecida como Castelo de Caldaloba, ergue-se num outeiro do lugar da Rabadá, paróquia de San Martinho de Pino, Concelho de Cospeito. Foi declarado “bem de interesse cultural” em 1994 e constitui um dos mais significados símbolos da resistência nobiliária galega ante o poder centralizador dos Reis Católicos. Neste castelo foi onde Dª Constança de Castro (filha do marechal Pardo de Cela), junto ao seu consorte D. Fernán Ares de Saavedra, resistiram contra o Governador D. Diego López de Haro.
Apesar da grande entidade histórica e patrimonial que possui o monumento, testemunha das últimas décadas em que se pom termo à existência efetiva do Reino da Galiza no S. XV, o Governo tem abandonada a fortificaçom, estando ameaçada com a ruína total, segundo manifesta o tecido associativo da Terra Cha.
Segundo as 18 entidades assinantes do comunicado, o monumento tem um valor histórico e simbólico importantíssimo, já que é de muita utilidade para descobrirmos um capítulo transcendental da nossa história, frequentemente oculta e negada. Os acontecimentos, conservados na memória coletiva, dam a este lugar uma carga simbólica que nom tem nenhuma outra construçom deste tipo. Porém, acrescentam, no que noutro lugar seria objeto de cuidado para poder ser visitado, no caso de Caldaloba, como tantos outros lugares e espaços da nossa Terra, está numa situaçom de desleixo e abandono por parte das administraçons. A sua importância histórica e patrimonial, além do facto de estar considerada BIC há 36 anos, nom fôrom razons suficientes para atuar sobre esta fortaleza que, com o passar do tempo, avança na sua ruína.
No que noutro lugar seria objeto de cuidado para poder ser visitado, no caso de Caldaloba, como tantos outros lugares e espaços da nossa Terra, está numa situaçom de desleixo e abandono por parte das Administraçons.
Os coletivos consideram, aliás, que a recuperaçom do castelo de Caldaloba do processo de deterioraçom e ruína deveria ser objetivo iminente das Administraçons para a sua valorizaçom, bem como para descobrir e aprofundar no conhecimento histórico e no património coletivo do povo galego, para quem é imprescindível converter esta construçom e o seu entorno em propriedade pública.
Em relaçom ao depoimento da Diretora Geral de Património, que afirmava que a valorizaçom deste monumento vai por bom caminho, assinalam que se trata de “algo que se repete periodicamente sem que, finalmente, se materialize algo positivo”.
Por todo isto, as associaçons da Terra Chá e comarcas limítrofes decidiram, num encontro conjunto, demandar da Administraçom galega que torne efetivas, de imediato, as medidas que periodicamente venhem a prometer para o castelo devir propriedade pública, e para a sua valorizaçom e recuperaçom. Assim, é a sua vontade adotar outras açons conjuntas com a ideia de virar público o valor deste monumento e a sua situaçom de grave deterioraçom.
Assinam este comunicado:
Castiñeiro Milenario (Begonte)
Xotramu (Muimenta)
Asociación Cultural Xermolos (Guitiriz)
Fundación Manuel María de Estudos Galegos
Instituto de Estudios Chairegos (IESCHA) (Vilalba)
Asociación de Amigos do Castro de Viladonga
Clube Cultural Valle-Inclán (Lugo)
Centro Social Madia Leva (Lugo)
A. C. Cultura do País (Lugo)
Asociación veciñal de Cabreiros (Xermade)
A. C. Os Vilares. Lareira de Soños (Os Vilares, Guitiriz)
Irmandade Manuel María da Terra Chá
Nova Poesía Guitirica (Guitiriz)
A. C. Poeta Avelino Díaz (Meira)
A. C. Lugo Patrimonio (Lugo)
Asociación Amigos do Patrimonio de Castroverde
A.C. PolKA (Pol)
A.C. e C.S. A Chave das Noces (Montecubeiro-Castroverde)