A iniciativa promovida por Mar de Lumes, a Associaçom Galaico Árabe Jenin, e BDS Galiza está apoiada por mais de meio centro de organizaçons se coletivos galegos. A convocatória terá representaçom nas 7 cidades galegas e em 19 vilas repartidas por todo o País.
As concentraçons, que estám agendadas para hoje, terça feira, às 20.00 horas, som para exigir ao governo espanhol e à Uniom Europeia medidas contra as políticas de apartheid, limpeza étnica e genocídio do estado sionista.
A continuaçom reproduzimos o manifesto que se lerá ao remate do ato.
Manifesto galego pola integridade da Palestina
2020 será lembrado na história como o ano da COVID-19. Mas a enorme tragédia das vítimas desta pandemia, por mais próxima que nos resultar, nom é a única que afeta milhons, nem a única que comove o mais elementar sentido da justiça.
Nas terras da Palestina, o sionismo, o racismo, o apartheid, que levam décadas a avançar reptando sobre as vítimas que sementam, pretendem agora dar um grande salto para a frente e entrar na fase definitiva da desapariçom física e política da Palestina.
Dentro da lógica do supremacismo israelita, dentro da lógica do seu funcionamento como ponta de lança do imperialismo contra os povos árabes, a entidade sionista anunciou um plano que sempre estivo aí: a ocupaçom completa da Palestina, a seguir agora pola Cisjordánia. A luz verde a assentamentos e colonatos, que, na realidade, nunca se detivêrom, é o piar fundamental dumha estratégia de substituiçom étnica que se acelera agora, com a bênçom das potências ocidentais, e que se traduz em destruiçom de vivendas e infraestruturas palestinas, sequestro de ativistas e de qualquer um que se oponha, roubo de terras e destruiçom de cultivos, bloqueio marítimo, construçom de muros, multiplicaçom de check-points e milhares de pessoas expulsas das suas vilas, das suas casas, à total intempérie, mais dura e descarnada precisamente agora que o mundo padece esta pandemia.
Mas os novos colonatos nom som a única via. O traslado de facto da capital sionista para Jerusalém, com a transferência das embaixadas dos Estados Unidos e dos países teledirigidos de Washington e com o visto bom dumha Uniom Europeia cujo único gesto é dizer que está «mui preocupada», é a fórmula para revestir toda a operaçom dumha pretensa legitimidade internacional. A anulaçom de Gaza, bloqueada, embargada e mantida como um gigantesco campo de concentraçom para dous milhons de pessoas é a prefiguraçom do que Israel promete ao povo palestiniano se conseguir impor-se nesta guerra às caladas.
A ocupaçom da Palestina, que começou formalmente em 1947 e que avança desde entom, ano a ano, metro a metro, é um crime com todas as letras. Um crime contra o povo, imposto pola força militar que tanto serve para efetivar a própria ocupaçom quanto para deixar em papel molhado as inúmeras condenas internacionais, na ONU e noutros espaços, que o sionismo coleciona cinicamente como troféus de guerra.
A ocupaçom da Palestina é um crime contra a humanidade. Tem uns responsáveis diretos que, ademais, nom se escondem nem pretendem passar despercebidos. E por isso exige um posicionamento claro e rotundo. Umha condena concreta e frontal.
As organizaçons e entidades que assinamos este Manifesto Galego pola Integridade da Palestina
- afirmamos a integridade da Palestina e exigimos o fim da presença israelita nos Territórios Ocupados, o fin do bloqueio contra Gaza e o reconhecimento real e efetivo de Jerusalém / al-Aqsa como capital da Palestina;
- repudiamos o chamado «Acordo do Século» que o imperialismo assinou consigo mesmo e con mais ninguém, e negamos qualquer reconhecimento à extensom das zonas controladas polo regime sionista;
- exigimos o fim dos assentamentos e colonatos israelitas em Cisjordánia, ilegais à luz de todo o direito internacional;
- condenamos as políticas de apartheid e violência, tanto física como simbólica, psicológica e económica, do estado de Israel contra a populaçom árabe da Palestina;
- condenamos a perseguiçom sistemática contra qualquer oposiçom e, em consequência, exigimos a liberaçom dos milhares de pressos e pressas políticas palestinianas e o fim da arbitrária política de detençons administrativas;
- afirmamos a nossa adesom completa aos princípios da campanha internacional de boicote, desinvestimentos e sançons (BDS) contra o estado de Israel;
- denunciamos a cumplicidade e o apoio do Estado espanhol e da Uniom Europeia aos abusos israelitas;
- e afirmamos o nosso compromisso com o povo palestiniano e com o seu direito à resistência.
O povo da Palestina nom está só no mundo.
Galiza com a Palestina!
Palestina vencerá!