Por Antia Seoane /
No passado sábado dia 3 de Fevereiro disputou-se nas comarcas de Taveirós e de Terra de Montes a Copa de Espanha de Caça de Raposo, onde por volta de 200 caçadores repartidos em 20 quadrilhas sairam a caçar o maior número de raposos possível. O evento tivo umha forte oposiçom social e estivo rodeado de controvérsia já desde as semanas prévias, entre outros motivos devido a que em Janeiro também se celebraram outras provas de caça de raposo a escassos quilômetros: o campeonato provincial em Barro o dia 13 e o campeonato galego em Doçom o dia 30.
No campeonato galego celebrado em Doçom já se produziram enfrentamentos entre caçadores e militantes ecologistas e de defesa dos animais. As pessoas que protestavam contra a prova acudiram com chifres, pandeiretas e outros aparelhos para fazer ruído e espantar aos animais tratando de impedir a celebraçom do campeonato, feito ao que os caçadores reagiram com ameaças e insultos. Segundo declarou o presidente da Federaçom Galega de Caça (FGC), já interpuseram denúncias ante a Secretaria Geral do Desporto e ante a Conselheria de Médio Ambiente polos feitos.
Numerosas organizaçons ecologistas e de defesa nos animais exigiam a suspensom do campeonato estatal, o qual já vai pola sua IX ediçom. Apesar de nom conseguir evitar que se celebrasse, mais de médio cento de animalistas repetirom os atos do campeonato galego e voltárom a presentar-se no lugar da competiçom para fazer ruido e evitar no possível a morte dos raposos.
A gram oposiçom social deve-se a que a ideia de matar animais de jeito indiscriminado por divertimento, como umha forma mais de lazer, vai contra qualquer ética e produz um rejeitamento majoritário entre a populaçom, e mesmo pessoas caçadoras, que tanto a título individual coma por meio de asociaçons cinegéticas galegas desaprovam estas competiçons que nada tenhem que ver com umha caça ordenada. Além de coletivos ecologistas e de defesa do médio ambiente, o rejeitamento foi quase unanime tamém entre os partidos políticos com representaçom parlamentar –com excepçom do Partido Popular–. Mesmo a presidenta da Deputaçom de Ponte-Vedra se posicionou em contra, declinando o convite de acodir à entrega de prêmios e referindo-se à prova como “ato de maltrato animal”.
Tanto En Marea como o BNG pedirom publicamente a suspensom da prova enquanto a Federaçom Galega de Caça ameaçava às organizaçons críticas lembrando-lhes a sua influencia política devido a que “mais de 40 mil caçadores também votam”.
Segundo denúncia a asociaçom ecologista ADEGA, os argumentos para defender o tipo de matança indiscriminada que provoca um evento desta magnitude, carece de sentido e nom estam respaldadas por dados e refere-se à falsa ideia de preservar as populaçons de caça menor. Existe umha gram quantidade de estudos que demonstram que estas açons nom logram reduzir as populaçons de raposo a longo prazo, se esse é realmente o objetivo. Ditos estudas também destacam que a eliminaçom de raposos nom consegue recuperar as populaçons de coelho ou perdiz.
ADEGA também denuncia que este tipo de campeonatos vam contra os princípios reitores de “proteger, conservar, fomentar, e aproveitar ordenadamente os recursos cinegéticos” da Lei 13/2013, de caça de Galiza.