Desde uns calabouços. Sem data.
Sentiram-se aqueles lóstregos e nom estavam tam longe.
As Montanhas semelhava que eram as da Terra.
E todo o mundo queria sonhar.
Havia muito poder naquel home.
Poder de mais como para poder aturar-se a si mesmo.
Ao final havia gargalhadas.
Por enriba hai arámios mais profundos.
Todo cambiou.
Tal vez precisa quem lhe garde as costas.
Nom lhe vam deixar retirar-se.
Tampouco é vítima. E à vez si. Mas hai outras muito mais lonjanas que lhe tenhem ódio. A maioria, com razom. Umha élite tal vez sem ela.
Com ela, muitas ignoram.
Sem ela, muitos gardam-se as espaldas.
Que nom as costas.
Comprende?
Nom se vê umha sombra.
E se falasse algúm dia aquele cuio nome nom me lembro?
Ai, aquele mandaria-o aos tiburons antes.
Mercenários alugam-se baratisimos.
A vida trae muitas voltas.
E quando remata todo, um tirador sempre fica ainda detrás da muralha. Atento. Bem atento.
Quem é vostede? Que sabe vostede?
Hai umha déveda que pagar, mas nom é monetária.
Tirar do fio, mas cara a Torre mais alta.
Rematou o xadrez territorial, ou rompeu o tabuleiro.
Já ninguém se atreve a jogar. Ou ao revês.
Começam as apostas.
Como nos mercados.
Começa o que outros nunca vivírom.
Ou combinaçons de todo tipo.
Quanto pode um pagar para manter a sua cordura?
Quantos amigos lhe ficam de verdade?
Muitos aprendérom de vostede.
Mas vostede foi astuto.
Mas nom o MAIS ASTUTO.
Já todo o mundo o sabe.
É, e era inevitável, que acontecesse algo assi.
Tranquilo, nom tem a todos os exércitos detrás.
Nem muito menos.
Mas os regos das corredoiras fedem.
E muito.
Ao redor
desídia,
candados,
cadeias,
portas,
labirintos
e intereses infinitos.
Mas vostede já estivo naúfrago.
Ou é mentira?
Se o estivo sabe entom o que é isso.
Que lhe vai ensinar um escribano recém iniciado a um coma vostede?
Entom sabe de pontos cardinais, da astronomia, das distáncias e longitudes, e de marés algo também sabe.
O coraçom vai-lhe ir bem, porque
sabe que o sal em exceso e malo,
que caminhar é bom, ainda que seja dum jeito ou doutro.
Tal vez houvo um equilíbrio entre nós.
Nalgúm momento foi assi.
Tal vez o volte ser algúm dia.
Sinceramente, nom o creio.
Vostede tampouco, verdade?
Agora acarinha vostede a pel de quem tem perto,
de quem pode.
Vostede fixo dano.
Si.
Também curou.
E isso é o que lhe salva, por momentos,
umha
e outra vez.
Isso, e a última conversa anterior.
Nom tem protecçom em vários lugares deste presídio
Tampouco tem poder para consegui-lo, ou isso creio.
Nom pretendo dar conselhos, tampouco.
Se escrevo é, porque, simplemente se retroalimentam
acontecimentos por dentro minha.
Poidera ser vostede um contrareferente desde já.
Se lhe deixassem.
Hoje seguramente estejam a acontecer por ai onde está vostede cousas extranas.
Mais extranas ainda.
Ou é que houvo um pacto novo?
Assi será…suponho…
quanto tempo lhe durará?
Tampouco será tanto
estar uns dias vivendo entre o límite de vários solpores,
dirá.
Ademais, os feirantes já falam.
Agora, bem sei
que já cheirava o teatro desde tempo atrás.
Agora o papel tenho-o eu.
Mas nom tem que ver com vostede.
Nom som seu filho nem seu amigo.
Mas o mesmo idioma si falamos.
Si,
hai um home que caminha,
com coidada vestimenta,
sério,
tranquilo,
cara que reuniom acode?
É outro dos teus? Do CNI tal vez?
Igual nem sequer lembra
de quem lhe falo.
Mas algo me diz
que duvido que o desconheça,
ainda que seja de ouvidas.
Hai edificaçons enteiras. Propriedades.
Mas isso já é um debuxo meu.
E também hai umha longa história, para o bom ou para o malo,
que contar.