A utilizaçom genérica e abusiva do termo ‘terrorismo’, que o Estado espanhol e a mídia maioritária aplica a toda forma de oposiçom política, nomeadamente se independentista e de esquerdas, segue a fundamentar a violaçom grave de direitos. Se o mantra do ‘terrorista’ foi aplicada para a perseguiçom dos CDR cataláns e, como vimos na passada semana, para ensaiar a ilegalizaçom de Causa Galiza e Ceivar no tribunal de excepçom espanhol, agora o juiz De la Mata recorre a ela para privar de liberdade dous militantes bascos. Os meios empresariais, reproduzindo a versom policial, relacionam-nos com umhas sabotagens imprecisas, e com propaganda solitária com os presos.

Chamam-se Valentina Morisolly e Gaizka Astorkizaga. Ambos os dous militam na organizaçom solidária ATA, segundo reconheceu este colectivo em nota de imprensa. O juiz da Audiência Nacional espanhola decretou a sua prisom provisória em cadeias em território basco. As acusaçons, uns difusos ‘danos ou estragos, enaltecimento do terrorismo e colaboraçom com banda armada’, mesmo apesar de a única organizaçom armada no País Basco, ETA, ter-se disolto publicamente após entregar todo o seu armamento ao Estado francês.

As fontes policiais acusam ambos os militantes de acçons solidárias com o militante Iñaki Bilbao ‘Txikito’, que se encontra em greve de fome e sede desde há mais dumha semana. As pintadas de apoio ao preso, junto danos que nom se detalham em infraestruturas rodoviárias, seriam motivo abondo para o encarceramento.

À espera de dados mais precisos, a notícia confirmaria a utilizaçom ampliada da puniçom penitenciária a militantes que nom pertencem a estruturas armadas, apenas polo feito de exercerem oposiçom política radical. A doutrina, que se tenciona utilizar para a ilegalizaçom do independentismo galego, foi aplicada nestes anos com mais ou menos intensidade na Catalunha e no País Basco.