Acho que a via política à independência da Galiza no contexto atual passa por nom centrar-se nas instituiçons que por suposto jogam o seu papel importante mas devemos centrar-nos em levar o trabalho à rua, organizando encontros políticos de debate, e por suposto reativar e incentivar a mobilizaçom porque é a ferramenta clave para fazer visível a necessidade de independência do país. Ficou demonstrado que a esquerda espanholista que prometia a rutura co regime do 78 e co sistema capitalista, fracassou coma já algumhas suspeitávamos e polo tanto devemos ser as forças nacionalistas da Galiza as que volvamos colher as rédeas e limpar esse caminho que ficou intransitado e intransitável desde há cinco anos cara a o de agora.
Essa via política passa também polo trabalho político de base coa classe trabalhadora, co associacionismo cultural e desportivo, coas organizaçons feministas e polas alianças internacionais, sobre todo com aqueles povos que atingírom a sua independência ou que na atualidade luitam por ela, dos cales devemos aprender para nom volver cometer erros e para conseguir transformar as bases da sociedade galega; essa sociedade que tem que ter claro que o que passe em Madrid nada tem a ver co que deve passar na Galiza, tal e como está acontecendo na atualidade.
Devemos acompassar o trabalho nas instituiçom coa luita nas ruas para reclamar a derrogaçom das reformas laborais tam imensamente lesivas para a nossa classe trabalhadora; temos que rematar co desmantelamento progressivo que se está a produzir na nossa industria e nos nossos serviços públicos; exigir a criaçom dumha banca galega pública ou que as grandes empresas assentadas no nosso país tributem a totalidade dos seus impostos aqui.
Ainda que o soberanismo tem na sua contra una moreia de eivas coma a desfeita gerada por séculos de colonialismo que provocárom complexos e auto-ódio, a perda de muitos valores associados à diminuçom do compromisso da militância, as dificuldades para chegar à mocidade devido à influência das redes sociais que dificultam a organizaçom, a nensagem confusa lançada desde as instituiçons sem apostar firmemente pola rutura com Espanha e co capital… Na contra devemos revalorizar as suas fortaleças já que o nosso povo possui umha historia de resistência e de coerência em aspeitos como o nom à UE, a OTAm, à constituiçom espanhola; contamos com um sindicalismo nacionalista com umha grande implantaçom e umha gram capacidade de organizaçom, e com um país com grandes potencialidades e imensamente rico em recursos que nos permitiria viver e trabalhar dignamente se tivermos um autogoverno sem necessidade de dependência dum Estado que nos rouba a nossa própria identidade e nos espolia os nossos recursos económicos.
*Artigo publicado originariamente em adiante.gal