Conversamos com Inés Trillo, umha das responsáveis do Santuário de animais Vacaloura, situado no Concelho de Santiago de Compostela.

No Santuário Vacaloura convivem um grande número de animais de diversas espécies. Que histórias há detrás deles e que variedades podemos encontrar?

No santuário convivem mais de 300 animais de diversas espécies. Desde éguas, pónis, ovelhas, cabras, patos, cans, gatos, galinhas, pitos, pombas, carpas, ocas, gaivotas, um pavo, um agapornis,…

Alguns animais provenhem da exploraçom, estavam a ser empregados por famílias ou empresas para obter beneficio dos seus corpos diretamente a través do consumo da sua carne chegado o momento ou através da exploraçom reprodutiva, do consumo dos seus ovos, da sua la, do seu leite,… outros animais provenhem do abandono, depois de ser empregados como mascotas. E un terceiro grupo provenhem da natureza ou da vida silvestre, à que nom pudérom voltar a causa de ter lesons permanentes que lhes empecem a sua supervivência na mesma, como é o caso das gaivotas.

Quais som os princípios éticos que regem a vida aqui em relaçom aos animais e como entendedes a vida com eles?

No santuário, movemo-nos sob o princípio ético fundamental de respeitar toda a vida senciente. Acreditamos que a capacidade de sentir é o que nos dá aos animais humanos e nom humanos a necessidade de termos direitos que devem ser respeitados, incluindo o direito à vida, de nom ser explorado, de nom infligir sofrimento, … Este seria o princípio fundamental, anti-espécie, que rejeita a discriminaçom de indivíduos sencientes e que implica que nos tornemos veganos, que nom consumimos nenhum produto de origem anual:

roupas ou entretenimento, evitando o financiamento de práticas injustas e cruéis por trás desses produtos.

Mas além de evitar danos, o santuário apóia-se num segundo pilar igualmente importante: tentar ajudar os animais que estám sofrendo, fornecer-lhes ferramentas para ter uma vida plena e lutar contra sua exploraçom e discriminaçom

Desde o santuário acreditamos que existe uma luita que deve ser apoiada por toda a humanidade e é a luita contra todas as formas de discriminaçom: machismo, racismo, LGTBIfobia, classismo, … e, claro, tam específicas. Quando percebermos que todos temos o direito de viver uma vida digna, pacífica e sem sofrimento, nada nos mude.

Contades com diversas formas de colaboraçom no projeto, como o de apadrinhar/ amadrinhar, doar ou o voluntariado. Que costumam extrair desta experiencia as pessoas que vos ajudam?, ¿como pode contatar convosco quem quiger colaborar?

As pessoas que colaboram ajudam-nos a mudar o mundo. Às vezes polos seus trabalhos, compromissos ou estado físico, as pessoas nom podem botar-nos unha mao de jeito presencial no santuário e decidem colaborar economicanente para ajudar-nos a levar adiante o trabalho, pois sem financiamento nom haveria projeto. Isto produz-lhes satisfaçom ao ver como, com mui pouco, entre moitas pessoas, podemos fazer grandes cousas e salvar moitas vidas. Outras pessoas preferem colaborar de jeito presencial e ajudam coas tarefas do santuário de limpeza, construçom,… e em muitos casos isto ajuda-lhes a ter umha visom mais clara sobre a personalidade dos animais, a discriminaçon que sofrem e reafirmam-se na ideia da necessidade de cambiar o mundo para ajudar-lhes aos mais vulneráveis.

Para colaborar connosco só há que entrar na nossa web santuariovacaloura.org e, dentro do apartado colabora, consultar as diferentes formas de ajuda que se pode prestar ao refúgio e escolher aquela ou aquelas que se ajustem melhor a nós.

Pensades trasladar-vos para um espaço mais grande. Que precisades para atingir o vosso objetivo?

Precisamos muito mais apoio, muitas mais pessoas que nos conheçam e decidam colaborar connosco fazendo eventos, objetos solidários para a sua venda, conseguindo mais sócias e madrinhas, doaçons de material, voluntariado que nos ajude a acondicionar o novo terreio e a realizar a mudança, etc.