Chegaremos a ter que chamar socialfascistas aos socialdemocratas que nos governam, como já os alcumárom no período de entre-guerras? (Os assassinos de Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht). Porque de que outro modo se podem definir as políticas de exclusom que vem de aplicar o ministro de inclusom do PSOE?

O ministro Escrivá, esse auditor fiscal que fijo carreira de banco em banco, do Central Europeu ao de Pagos de Basilea e de este ao BBVA, nom ventava nada bom ao assumir a carteira dum ministério que mutava o nome de Trabalho ao de Inclusom. Ao fim e ao cabo vinha de presidir o AIReF nomeado por Montoro e Rajoy. Eis a econometria ao serviço do Capital. Alguém dá mais?

Quando apareceu no cenário a pandemia e decidírom o confinamento universal e tantas empresas se acolhérom aos Ertes e inertes e houvo um clamor desesperado pola Renda Básica Universal(RBU), o ministro Escrivá sacou da chisteira o Ingresso Mínimo Vital (IMV) gabando-se de que era a política mais relevante de Inserçom Social. Voilà! Três mil milhóns de euros anuais que beneficiariam uns três milhons de pessoas que havia tempo que perderam de vista o umbral da pobreza para entrar no da miséria. Os requisitos para aceder a esse ínfimo ingresso eram tam exigentes -e com a administraçom em cita prévia para os poder tramitar- que servírom de seleçom natural. Nom contentes com esta peneira e parecendo-lhes um despilfarro tirar três mil milhons em pessoas sem ingressos, os socialdemocratas decidírom escuitar as cúpulas europeias e o grande empresariado, valha a redundância. Nom lhes pareceu tanto despilfarro os mais de vinte mil milhons do gasto militar nem os mais de onze mil milhons para Igreja, sem contar os douscentos oitenta e quatro milhons mais de por tantos e por tontos do quadro da Renda, nem muito menos os quinhentos sessenta e um milhons e meio que nos custa cada ano a monarquia. Só o rei cobra ao dia seiscentos sessenta e cinco euros num país no que o Salário Mínimo Interprofissional (SMI) nom chega aos mil.

Em janeiro, com a nova realidade, chegarám as rebaixas para o empresariado. O dous por um! É o Capital, imbécil! Dous trabalhadores polo prezo de um. Alguém dá mais?. E assim como os servos da gleba se deviam à terra do Senhor, agora os subsidiados do ingresso mínimo devem-se ao senhor do SEPE que passará de ser o Serviço Público de Emprego ao Serviço Público de Exploraçom Estatal.

Os socialdemocratas disque criarám programas de interesse social que beneficiem à comunidade em atividades seica de interesse social: meio ambiente, desenvolvimento cultural e assistência social, sempre que se ajustem ao perfil demandado. Suponho que esse perfil incluirá titulaçons de biologia, ecologia, pedagogia social, sociologia, trabalhadores sociais…O que ninguém se explica é como é que necessitam o ingresso mínimo vital tantos profissionais e por quê nom se criárom antes pola via normal nom subsidiada estes postos de trabalho.

Os socialdemocratas seguem com a mesma política indecente que já vinham de desenvolver nos anos oitenta quando começárom com o eufemismo da reconversom naval e aquele vergonhento voluntariado no social, justo naquelas profissons das que mais se nutria o paro. Por aquele entom alcumava-se salário social e debatia-se o que hoje é umha realidade imposta com tapa-bocas.

Alguns sociólogos dim que se lhe mudamos o nome à realidade parecerá outra. Voilà, outra volta. À exploraçom humilhante de ter que aceitar o trabalho que o Estado che assine chamam-lhe contrapartida. Falam com soina de requalificar e melhorar as possibilidades de inserçom laboral, de incrementar a experiência dos desempregados e incluso de evitar que se enferrujem quando é evidente que se trata dum escandaloso jeito de beneficiar ás empresas que se embolsarám as quotizaçons, férias e pagas extras.

Sim, é o Capital, imbécil! Assim os socialdemocratas apagam as críticas dos empresários que temiam que a miséria do ingresso mínimo vital desincentivara a procura ativa de emprego (eufemismo do encadeamento ao sistema de paro permanente urdido polo sistema). Pondo ao lem a evidencia dos salários de fame que pagam. Porque só num país onde o salário mínimo estiver tam tirado pode desincentivar de buscar trabalho a miséria desse ingresso mínimo vital.

Os socialdemocratas limiam o socialfascismo quando falam do cartom social e de conceder-lhes um selo social ás empresas que contratem a pessoas vulneráveis, eis exploráveis de modo que todos lhes paguemos as quotizaçons.

Governo de esquerdas? É o Capital, imbécil!