O outro dia falando com um amigo comentávamos o importantes que som as emoçons.

O ser humano é umha espécie mui emocional, as emoçons estám na base da sua supervivência, pois já se comprovou cientificamente que um bebé que nom recebe afeto e contacto físico nom desenvolve ajeitadamente o seu cérebro.

As emoçons som a orige da expressom artística, da procura do sentido da vida, da espiritualidade (que nom há que confundir com religiom), e de estes piares troncais na história da humanidade abriu-se e derivárom-se un monte de caminhos diferentes…Que curioso que precisamente sendo algo tam básico nas pessoas fosse obviado!

Fai mui pouco que a educaçom emocional começou a colher espaço nas escolas (infantil, primaria e secundária) e também nas vidas de muitos adultos que cada vez som mais conscientes de que estám perdendo muita vida por nom gerirem as suas emoçons.

Está desgraçadamente normalizado viver superado polo estrés, das preocupaçons, do futuro, do passado traumático ou sem resolver, e um montom de causas que podem actuar directamente em nós como vampiros invisíveis criados pola nossa mente inconsciente.

É realmente impactante observar todas as enfermidades respiratórias, gastrointestinais, coronárias, imunológicas, de pele, fibromialgia…e umha morea mais que já se sabe com estudos clínicos som consequência directa dum estado de estrés sustido prolongadamente. O estrés é umha resposta psicofisiológica ajeitada en situaçons de perigo, ou de toma de acçom importante em doses baixas para executala con êxito (competiçons desportivas, probas académicas…) mas se esta resposta é sostida de mais por um abandono ou umha precariedade na gestom emocional, o corpo começa a enfermar.

Também é um problema social e educativo, que se traduze em muitisimos problemas individuais, temos umha carga cultural judeu-cristá terrível, de asumir a vida como um caminho de espinhas, um via crucis, umha batalha e um sofrimento. Isto fai que as pessoas assumam viver com as suas pantasmas identificando-se com elas em lugar de buscarem ajuda profissional para disolvê-los, integrá-los, pô-los no lugar que lhes corresponde e nom deixar-lhes andar a velas vir polo nosso lar interior permitindo-lhes invadir-nos e colonizar-nos….eu som assim, há que aguentar!

Nom! precisamos evoluir, medrar, desenvolver recursos internos, trascender-nos a nós mesmas, limpar o faiado (a cabecinha) e transformá-lo num mirador para ver os arroazes saltando no horizonte infinito do mar, o arco da velha e quando estiver escuro ver as estrelas!

Feliz Solstício de Verao!

Manuela Burgo Dutrênit é psicoterapeuta integradora