Com isto da pandemia e do confinamento, como numha guerra, saíu o melhor e o pior de cada pessoa segundo a qualidade humana ou a classe social de cada quem.

Algumha gente dedicou-se a denunciar as vizinhas, berrar pola janela a quem ía pola rua, ser insolidária, aproveitar-se economicamente da situaçom à conta das demais ou a ir-se de férias às suas residências de “veraneo”. Nessa linha, as caçoladas fascistas que começárom em Madrid, e que agora se estám importando para Galiza. Apoiadas polas classes mais altas e o espanholismo máis ranço, protestam porque nom tenhem liberdade para ir co seu auto descapotável, porque cos seus quartos nom podem mercar agora a liberdade de desfrutar dos seus privilégios materiais quando lhes peta. E percorrem as ruas diante da mirada passiva das delegaçons do governo e da polícia, enquanto as classes populares galegas som reprimidas sem que se lhes permita sequer manifestar-se para reclamarem os seus direitos mais básicos e elementares. Vemos umha vez mais a bandeira “rojigualda” co símbolo fascista da águia a passear com total impunidade polas ruas. O derradeiro insulto para as independentistas galegas acusadas de apologia do terrorismo e para toda a gente, povo, cultura ou língua que durante longos anos fôrom esmagadas e represaliadas polo fascismo.

Porém, o confinamento também tivo o seu lado positivo. As pessoas dispugérom de mais tempo para si mesmas. Pudérom debuxar, ler, escrever, aprender a tocar instrumentos, compor obras de arte que compartilhárom generosamente e tantas atividades que fomentárom a criatividade e a imaginaçom. Som muitas as que se estám a amostrar mais solidárias cos problemas sociais, económicos e laborais que o povo está a sofrer.

Por isso cumpre umha chamada à esperança, na humanidade das pessoas de bem, das boas e generosas que aproveitárom este tempo para fazer um exercício de reflexom, pessoal e ideológica. Daquelas que tentam sair mentalmente reforçadas desta situaçom e com folgos renovados para apertar os dentes e seguir a luitar. Temos mais razons que nunca para transformar o mundo em algo melhor e converter Galiza num país verdadeiramente ceive, solidário, e justo. Nom passarám!