Se algo bom podemos sacar da crise da Covid-19 quiçá seja o fortalecimento das nossas comunidades. Nas cidades, onde os laços nom som tam fortes coma nas aldeias, algumas vizinhas que viviam no seu mundo começaram a conhecer-se e a mirar-se aos olhos. Demos conta do significado etimológico de proletariado, aquele que só tem à sua prole. Ante o Estado e o Capital só nós temos as umhas às outras.

Por isso, é necessário, na minha opiniom, começarmos a colaborar juntas tecendo redes que destruam a lógica do capitalismo. Esquecermo-nos de grandes superfícies e de grandes marcas e viver dum jeito simples e comunitário, que traerá benefícios para nós e para a Terra.

No terreio político, deixar de lado debates ideológicos que nom sejam construtivos, pouco importa que a pessoa que está ao meu lado seja marxista-leninista, trotskista ou qualquer outro -ista. No dia-a-dia todas somos iguais e se podemos colaborar para sacar adiante algo façamos-lo, o Capital é mui forte e enredarmos com debates mui técnicos que nestes momentos nom tenhem relevância é pouco prático. Por suposto, pode-se e deve-se debater, mas que nom seja um impedimento para construir juntas. E nom estou chamando à unidade de organizaçons políticas, que é outra história, senom a nom termos prejuízos ao considerar o que di uma pessoa que se define de maneira diferente a nós ou a explorar colaboraçons que num princípio soem incompatíveis. A pessoa que escreve diz-se anarquista ou comunista libertária, unha olhada sem prejuízos nom lhe impede aprender e colaborar ou incluso sentir-se independentista, evidentemente sem reclamar Estado nengum. E isto é só um exemplo, cada quem que pense e que debata internamente onde estám os limites das ideologias.

Estas linhas só som uns bosquejos e nom dim nada novo, mas entre todas havemos de dar com a chave que derrube este sistema injusto e assassino!